MEIO AMBIENTE - Secretaria foca produção de sementes e mudas para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas

Mudas devem ser usadas principalmente em recuperação de áreas
13/03/2017

O grupo de trabalho que terá a finalidade de estudar e apresentar propostas para o sistema de produção de sementes, plântulas e mudas de essências florestais para reflorestamento e recuperação de áreas degradadas foi criado por meio de Portaria publicada no último dia 4 de março pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A iniciativa é da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e de seu Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM) da Pasta.

Cabe ao grupo de trabalho elaborar o plano de produção de mudas de essências florestais nativas pelo DSMM; propor parcerias; elaborar o plano de capacitação; implantar os protocolos necessários para produção de mudas de essências florestais nativas; estudar e propor a implantação de campos de cooperação de sementes e/ou plântulas de essências florestais nativas; propor e coordenar a implantação de bancos de germoplasmas de florestais nativas em unidades do DSMM e propor mecanismos de política pública na produção e comercialização de mudas florestais nativas pelo Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes.

“A iniciativa é decorrente de um protocolo de intenções assinado em março de 2016, entre a Secretaria de Agricultura e o Centro Universitário Católico Unisalesiano de Lins, que permite o apoio na coleta de sementes de espécies nativas em uma área de remanescente florestal do município. A partir dessa ação, sentimos necessidade de instituir um grupo com participação de técnicos do DSMM aptos a prestarem orientações a todos os interessados nesse tipo de produção”, informa Ricardo Lorenzini, diretor do Departamento, explicando ainda que, além de universidades, há outras instituições que constantemente solicitam apoio do DSMM.

Para Eduardo Gazola, engenheiro agrônomo do Núcleo de Produção de Mudas de Marília, que coordena o grupo de trabalho, o processo produtivo de sementes e mudas das essências florestais nativas deve ser embasado em parâmetros técnicos consistentes e bem elaborados, para que as mudas se estabeleçam de forma eficiente após o plantio.

“O cuidado deve ser realizado em todas as etapas da produção, desde a identificação das matrizes para coleta das sementes, passando pela semeadura e condução, até a expedição das mudas para venda”, explicou. Essas mudas são direcionadas aos produtores rurais para plantio de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas; podendo ser plantadas em matas ciliares, áreas de reserva legal e preservação permanente, entre outras.

Serão utilizadas também para atender ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que respeita as determinações do Código Florestal, para recomposição florestal das propriedades rurais.

Atualmente, a Cati produz mais de 100 espécies de mudas de essências florestais nativas e, de acordo com Lorenzini, pretende-se, no Plano 2016/2017, atingir a produção de um milhão de mudas nativas. “As mudas do DSMM são produzidas com garantia de qualidade genética, fisiológica e sanitária”, afirmou.

O secretário Arnaldo Jardim destacou que a iniciativa do Grupo de Trabalho mostra que é possível unir produção agropecuária e conservação ambiental. “Fazer uma agricultura em harmonia com o meio ambiente, tendo a preocupação ambiental sempre presente, é uma das principais determinações do governador Geraldo Alckmin para a Secretaria de Agricultura”, disse. (Com informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo)