A botina rangedeira

17/10/2022

Américo Perin

 

Então eles estão aí outra vez. Cada um com seu argumento, eles vêm pedir seu voto. Um é o candidato dos aposentados, outro dos jovens, outro das crianças, outro dos esportistas... E assim vai.

Tem aqueles que, eternos candidatos, nunca foram eleitos, sabem que nunca serão, mas estão sempre pendurados em algum grupo político na esperança de conseguir algum emprego que sua incapacidade intelectual não lhes permite ter pelos próprios méritos. E o que é pior! Alguns até conseguem seu “carguinho”; é a direção de uma escola ali, uma secretaria acolá e a qualidade do serviço ofertada aos que pagam impostos é aquela que todos conhecem.

Vocês já pensaram se o voto não fosse obrigatório aqui no Brasil? Por que será que nossos políticos não aprovam uma lei que nos livre dessa obrigação? Bem, enquanto isso não acontece, cuidado! Vasculhe a vida do seu candidato, procure saber se ele já foi presidente de alguma entidade civil, informe-se como foi sua administração, em que estado ele deixou as finanças e o patrimônio físico da entidade, tente saber do seu sucesso na vida profissional – lembre-se, um monte de títulos não serve para nada se o candidato não sabe usá-los -, enfim, entre na vida particular do tal, é necessário e quem se propõe a ter vida pública... bem, a expressão já diz tudo. Se o vasculhado já tiver estado preso, então...

Na verdade, é preciso muito cuidado e tecer um combate feroz contra a CORRUPÇÃO ELEITORAL. Não venda seu voto. Não aceite nada em troca do seu voto e isso vale desde uma cesta básica até a um par de botinas.

O candidato vazio, sem propostas e sem história de empreendedor eficiente e eficaz, gasta muito dinheiro na campanha, mas o recupera após ser eleito, usando até de formas não recomendáveis. Esses maus políticos passam por todo o seu mandato cuidando dos seus interesses. A cesta básica que você ganhou acaba na primeira semana e a sua botina já estará com buraco na sola muito antes da próxima eleição.

Não tenhamos receio de nos defender dessa porcalha. Já passou da hora de ficar reclamando e nada mudar nossa vida para melhor. Usemos nossos direitos e façamos uso correto dessa arma poderosa que é o voto. Lá dentro, em frente à urna, só você poderá saber a quem estará prestigiando...

A menos que, ao você sair às ruas, as pessoas ouçam o ranger das suas botas...