AMÉRICO PERIN

10/02/2025

Aquele era um país de lindas paisagens, apesar de ter recursos naturais já muito agredidos por seus habitantes. Antigas florestas já se resumiam em outras menores ou até em pequenos bosques preservados a grandes custas em algumas propriedades particulares. A água, de certa forma preservada, apresentava-se ainda como recurso a ser explorado pelo povo por durante ainda alguns anos.

Mas o que se lamentava naquele país era a péssima qualidade dos seus dirigentes, que, por motivos vários, nos conta a história, atolaram a economia da nação numa enorme inflação que corroía tudo... Até a mais tênue esperança que poderia estar sobrevivendo na alma do povo.

E aquele povo, formado de pessoas trabalhadoras, criativas e inteligentes, não tinha mais trabalho. Estava afogado em dívidas e, não vislumbrando mais um futuro melhor para seus filhos, pôs-se a imigrar. Muitos saíram do país em busca de uma vida melhor, deixando para trás a miséria, a fome e a desesperança.

Contudo, por entre as pessoas do povo, surgia uma figura até então desconhecida e sem expressão. Diziam até que fora criado só pela mãe, pois ninguém sabia do seu pai.

Aquele rapaz pobre, inclusive sem muita cultura, tinha como compensação um enorme carisma. E com essa arma poderosa aliada à oratória fácil, começou a se manifestar junto às massas, até que, num lance da vida, viu-se à frente do governo do país.

O povo, que depositava nele todas as suas esperanças, sentiu-se revitalizar. E, aos que haviam imigrado, ele acenou com o perdão de todas as dívidas e os trouxe de volta.

Foi assim que meu amigo Otto, brasileiro de Santa Catarina, acompanhou seus pais na volta à velha Alemanha. Muito sonho e muita esperança retomados, mas não sabiam que a real intenção de Hitler era atraí-los de volta para formar um grande exército.

O país agitou-se e, num grande estertor alentado pelo seu novo e carismático líder, pôs-se em guerra com seus vizinhos. Com isso, acabou envolvendo o resto do mundo num conflito de grandes proporções. Perdeu a guerra.

Agora sim, falando do BRASIL, para homenagear nossos valorosos combatentes, coloquei no repertório da Orquestra Jovem de Sertãozinho a “CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO”, de autoria de Guilherme de Almeida e Spartaco Rossi, com arranjo do saudoso maestro Neves, de Tatuí. Bela homenagem aos brasileiros que combateram valorosamente na Itália num certo mês de fevereiro de 1945, naquela que ficou conhecida como a mais importante batalha da 2ª Guerra Mundial: a TOMADA DO MONTE CASTELO!  E a cobra fumou...

 

Há quem diga que a história se repete, mas, pelo rumo que vejo as coisas indo por aqui... Chego a pensar que a cobra aderiu à campanha de antitabagismo que tomou conta dos dias atuais ...