A covardia por trás dos fakes

20/05/2024

Você já leu ou ouviu falar sobre o termo “fake”? Essa palavra, que está sendo bastante divulgada nos últimos anos, significa algo que é falso. Podem ser notícias, propagandas, produtos e até peças do uso cotidiano.

 

As notícias e propagandas “fakes” são aquelas transmitidas por meios de comunicação, como emissoras de rádio e TV, jornais impressos, revistas e internet, que divulgam fatos inverídicos. Já os produtos “fakes” podem ser muitos, como cosméticos, bolsas e calçados falsificados, ou seja, adulterados. E também existem peças denominadas como “fakes”, porém, não de forma ilegal, que são itens do vestuário, como jaquetas, calças e saias, por exemplo, feitas de couro “fake” e vendidas com tal denominação.

 

Com uma gama extensa de produtos e ações relacionados ao termo “fake”, como citado acima, tem se tornado bem comum ler ou ouvir falar da referida palavra ultimamente. Entretanto, o que mais tem chamado a atenção são os fatos estapafúrdios ocorridos em virtude da divulgação de informações inventadas, que são as “fake news”.

 

A internet, que é uma excelente ferramenta usada por milhões de pessoas no mundo, auxiliando e agilizando a comunicação entre os seres humanos nessa nova era digital, está sendo uma das pontes para disseminação de informações falsas, com o objetivo de difamar e denegrir as imagens de pessoas ou instituições. E isso é muito grave.

 

Devido à inconsequência de pessoas que agem de forma mentirosa, divulgando “fake news”, famílias estão sendo vítimas de diversos problemas, como é possível constatar numa breve pesquisa de reportagens exibidas em órgãos de imprensa sérios que existem na internet.

 

Destaco aqui um caso de linchamento de uma mulher de 33 anos de idade, que foi acusada injustamente pelas redes sociais de sequestrar e fazer rituais de magia negra com crianças, sendo que a mesma foi espancada na rua até a morte. A ação ocorreu no ano de 2014, no Guarujá, cidade do litoral do estado de São Paulo.

 

Outro caso chocante que terminou com o espancamento e, por conseguinte, a morte de um jovem de 22 anos na cidade paulista de Suzano, ocorreu no fim de 2023. Ele também foi vítima de “fake news”, acusado de ter matado três cães, o que não era verdade, pois os

animais em questão estavam vivos e saudáveis. Além de ser espancado por um grupo de pessoas, um carro passou por cima do jovem, ceifando a vida de mais um inocente.

 

Os casos citados são alguns dos muitos fatos graves que podem ser atrelados às atitudes impensadas de se divulgar algo que não é verdadeiro em meios de comunicação e grupos como WhatsApp, por exemplo.

 

Há de se ter cautela ao compartilhar informações recebidas através da internet, atribuindo crimes a outras pessoas e instituições, sem indicação de provas, pois, além de causar problemas incontáveis às vítimas e seus familiares, os promotores de tais conteúdos, bem como os divulgadores, que replicam “fake news”, também podem responder criminalmente.

 

Ainda bem que em nosso país já existem leis em vigor, para punir quem dissemina “fake news”, objetivando difamar pessoas e instituições por pura maldade. Pode parecer, mas a internet não é terra sem dono e sem lei.

 

Por: Tatiane Cristina Pereira Guidoni Gimenez

Jornalista – MTB: 47.966

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