A ESPERANÇA DO NATAL

27/12/2018

O Natal chegou, chegou também a esperança, a esperança de um novo Governo a esperança de uma nova economia, a esperança de um país que quase a perdeu.

Ideologias politicas partidárias, um país com uma democracia que oscila assim como oscila o câmbio na época de grande produção de commodities, assim como oscila quando há especulações que sofrem influências futuras como descobertas de novas fontes de petróleo ou o lançamento de uma tecnologia que possa mudar os meios, quer seja de ambiente e/ou transporte.

O mais interessante é que na maioria dessas influências que uma nação passa, nós atravessamos juntos, acreditando que não participamos dela diretamente, mas sabendo que a cada ação de um governo ou de uma produção, nosso bolso sentirá a diferença.

O compreender esse ciclo e esse mecanismo é de fundamental importância, mesmo sofrendo essas influências, nós cidadãos e consumidores que somos a última camada da cadeia de consumo, somos um dos formadores de preços de tais produtos, devemos entender que nosso poder é tão grande quanto de um Governo quando estipula metas, de gastos, de emissões de gases do efeito estufa, do crescimento do PIB, influenciando no índice geral de preço de mercado.

Nós consumidores poderíamos determinar o índice de inflação baseado num consumo consciente, por exemplo, o necessário somente, já o consumo por impulso, só impulsiona esses índices, gerando um aumento generalizado dos preços e consequentemente uma inflação que consome o poder de compra do cidadão. Fazendo com que tenhamos que fazer mais esforços para aumento de renda para o mesmo consumo de períodos não tão distantes.

A grande dificuldade de um Governo em conter a inflação se dá, em minha opinião, por dois motivos que ele também não consegue controlar: o aumento do poder de compra, isso quer dizer que com o aumento do poder de compra, pessoas que estavam à margem da sociedade têm que suprir bens básicos que faltavam em seu orçamento doméstico, como por exemplo, veículo, saúde, lazer, entre outros, que demandará uma grande necessidade de bens e serviços a serem contratados e, com isso e com o aumento dessa demanda, as empresas buscam melhorar a sua margem de lucro, consequentemente sendo um fator para um possível aumento dos preços, até que a curva de oferta e procura se equilibre com preços aceitáveis.

É isso que devemos evitar no Natal, o consumo exagerado de algumas coisas que não fazem parte de nossa necessidade básica, contudo, outros fatores como, por exemplo, aumento do barril de petróleo, influencia e muito nos preços de nossos produtos derivados de tal, que vai desde produtos de alimento até medicamentos, de asfalto até tecido, de cosméticos até produtos de limpeza, na maioria das coisas do nosso dia-dia.

É um grande feito manter uma economia estável sofrendo influências de preços internacionais, contudo, o custo de um país em geral não se restringe somente a carga tributária aplicada a seus produtos e serviços, ações internacionais nas commodities influenciam e muito, cabe ao Governo os ajustes necessários para conter a inflação, que também terá influências com câmbio, uma roda gigante.

Bem, então não é tão simples assim o nosso poder de compra, não está somente ligado se estamos empregados ou não, se a soma de nossa renda familiar está contabilizada com todos os membros da família no mercado de trabalho, a relação de consumo consciente com as variações de ações do Governo são os maiores fatores para manter uma economia com crescimento saudável, controlando a inflação.

Tenho comigo, uma simples analogia de que Brasília poderá sofrer uma perda muito grande de renda local, os “jeitinhos” de ganho fácil ficarão mais limitados, consequentemente o consumo consciente deverá estar mais presente também na capital do Brasil, ninguém é louco pra ficar rasgando dinheiro, guardar na cueca, sacolas, (malas já vimos!), esperamos sim, do verbo esperançar e não do esperar que nossa nação tenha bons costumes, esses costumes influenciam o cidadão.

Um Natal cheio de esperança, amor e que o maior motivo: O nascimento do menino Jesus, renasça dentro de cada um de nós.  

Gilson Rodrigues

Economista

Corecon 32.540