AGRONEGÓCIOS - ABAG/RP propõe campanha para prevenir o fogo em áreas agrícolas e de preservação
DA REDAÇÃO
O incêndio que destruiu pelo menos 50 hectares da mata de Santa Teresa, em Ribeirão Preto, área de preservação com fragmentos de mata atlântica, comprova a situação dramática que a região tem vivido neste inverno seco em função dos incêndios em áreas de preservação e agrícolas.
É por esse motivo que a ABAG/RP vêm a público para externar sua preocupação e propor a união de forças e uma ampla campanha de prevenção e conscientização contra os incêndios no campo que, muitas vezes são acidentais, mas em outras, criminosos.
Uma bituca de cigarro jogada inadvertidamente na beira da estrada pode acarretar consequências negativas ambientais e econômicas para a região.
Uma plantação de cana quando queimada representa prejuízos imediatos e futuros. A cana em pé quando queimada agronomicamente perde qualidade, pois começa se deteriorar imediatamente e pode inclusive contaminar a produção na usina.
Se a queima for de palha de cana já colhida, mais prejuízo, o ciclo da cana futura será atrasado, os insumos aplicados ficam perdidos e o solo descoberto perde umidade e qualidade microbiológica. Além disso, essa área muitas vezes está próxima de Apps e Reservas que quando queimadas, mesmo acidentalmente, devem ser repostas pelo produtor que ainda recebe advertência a até multa dos órgãos ambientais.
Portanto o setor produtivo tem todo interesse em conscientizar a população sobre os riscos de incêndio provocados por atitudes impensadas como jogar uma simples bituca de cigarro.
Nas usinas e fazendas da região a preocupação é tanta com o fogo que os equipamentos e o pessoal treinado nas brigadas contra incêndios tem aumentado a cada safra, são equipes que ficam de plantão 24 horas por dia, na safra e fora dela. Foram muitos desses homens que ajudaram a controlar o fogo na Mata de Santa Teresa.
A ABAG/RP tem todo o interesse em demonstrar para a opinião pública que na região de Ribeirão Preto, onde cerca de 85% da cana é colhida mecanicamente, sendo que em áreas de usinas esse número chega a quase 100%, não há motivo e nem interesse na queima dos canaviais, pelo contrário.
Esta é uma situação que prejudica tanto a cidade quanto o campo. Fogo na cana é coisa do passado, a tecnologia mudou o padrão agronômico dessa cultura que tem compromisso claro com a sustentabilidade tanto, que voluntariamente produtores e usinas aderiram ao Protocolo Agroambiental de São Paulo em 2006.