Aldeias indígenas de Avaí fazem Gincana Cultural no Dia de Campo

Aldeias indígenas de Avaí fazem Gincana Cultural no Dia de Campo
14/04/2025

Além da preservação das tradições, evento contará com palestras e venda de produtos regionais

A Terra Indígena Araribá, no município de Avaí, é uma das mais importantes do estado de São Paulo, abrigando cerca de 650 pessoas das comunidades Guarani, Terena e Kaingang. Além de preservar a cultura e os modos de vida tradicionais desses povos, desempenha um papel relevante na economia local por meio da produção agrícola sustentável, do artesanato indígena e do turismo cultural. A comercialização de alimentos como milho, mandioca e mel, aliados ao artesanato e às atividades de turismo pedagógico, fortalece a economia da região, promovendo o desenvolvimento sustentável e gerando renda para as famílias indígenas, ao mesmo tempo em que valoriza suas tradições ancestrais.

Para marcar o mês de abril, a Aldeia Ekeruá realizará sua 4ª Gincana Cultural, dentro da programação do Dia de Campo, do Sindicato Rural de Bauru, no próximo dia 17, com palestras, apresentações culturais, oficinas musicais e a venda de produtos da região. O evento, segundo o professor, liderança cultural e presidente do Conselho Municipal de Turismo de Avaí, David Henrique da Silva, o David Terena, tem sido importante no resgate e preservação do legado, além de reforçar a conexão dos visitantes com a Natureza.

“As propostas de um plano de trabalho voltado ao etnoturismo começaram em 2007, por meio de ações do Senar-SP e do Sebrae. Com o passar dos anos o Senar veio oferecendo capacitação dos vários temas, desde a comercialização de produtos ao receptivo, passando pelo turismo rural e cada aldeia direcionou seu trabalho dentro do que achava pertinente. Foi o pontapé dentro de uma perspectiva que a gente não conhecia. A aldeia Ekeruá, por exemplo, faz seu plano de visitação através de um formulário, com várias possibilidades, ajudando a girar a economia local”, explicou David Terena.

O etnoturismo é uma modalidade de turismo que proporciona experiências imersivas em comunidades tradicionais, como povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, promovendo a valorização cultural e o respeito à diversidade. Diferente do turismo convencional, é baseado na troca de conhecimentos e na vivência do modo de vida dessas comunidades, permitindo que os visitantes aprendam diretamente com os habitantes locais sobre sua história, costumes, arte, culinária e práticas sustentáveis.

“Trazer visibilidade aos povos originários pode gerar prosperidade para os membros destas comunidades indígenas, muitos deles agricultores e agricultoras. Os aprendizados que resultam desta relação, da visitação, são oportunidade de gerar mais renda para os indígenas, valorização de suas culturas e mais entendimento entre diferentes grupos sociais. E, assim, colaborar com o respeito mútuo que é desejável na construção de uma sociedade justa para todos”, ressaltou o professor do Senar-SP e palestrante de etnoturismo, Marcio Paccola Langoni.

O trabalho de mapeamento das rotas rurais, desenvolvido pelo governo do estado, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), tem sido um importante vetor de desenvolvimento do interior paulista. Para o presidente da Federação, Tirso Meirelles, preparar os produtores e oferecer atividades como essa ajudam a reforçar as tradições paulistas e mostrar a diversidade de nossa cultura.

“Os sindicatos rurais estão fazendo um trabalho espetacular, oferecendo cursos e construindo uma infraestrutura que irá dar suporte ao crescimento do turismo rural em São Paulo. Com os investimentos que o governador Tarcísio de Freitas tem prometido, as cidades terão um crescimento exponencial no número de visitantes, que levará desenvolvimento econômico e social a todos os municípios”, concluiu Meirelles.

 

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