ALERTA - Rua de mão dupla deixa moradores preocupados com a alta velocidade imposta pelos motoristas

28/09/2015

Fernando Laurenti

A cidade cresce e as necessidades também. Com a ligação dos bairros Eldorado, Jardim Vêneto II e Jardim Florenza, a rua paralela ao 43º BPMI (Batalhão da Polícia Militar do Interior ) ficou com mão dupla para dar acesso aos moradores desses bairros, porém, com a liberação da construção de moradias, construção do prédio da Faculdade Federal e a construção de uma escola do ensino Infantil (Creche) no Vêneto II fizeram com que o local tenha trânsito intenso com veículos em alta velocidade.

Estivemos no local e os moradores se pronunciaram cobrando melhorias na sinalização, construção de redutores de velocidade e calçadas, principalmente na Rua José Ráo, próximo ao portão onde alunos do CEFET estarão transitando para entrar e sair da Faculdade Federal.

Há poucos dias dois veículos se chocaram em uma das esquinas, próxima à casa da dona Maria Luzia, que mora na Rua José Ráo, 528, no Jardim Eldorado, na divisa do Jardim Alexandre Balbo, no Alto do Ginásio.

“Eu chamei o Jornal porque essa rua está muito perigosa. Vai e vem de carros e é perigoso pegar uma criança na rua. Aqui, nesses dias, os carros bateram aí nessa esquina, por isso que eu chamei vocês aqui. Está perigoso. Agora que essa escola começar a funcionar é que eu quero ver o que vai acontecer. Vai ficar muito mais perigoso, não é?”, disse dona Maria Luzia, moradora do bairro Eldorado.

 

      Não só na José Ráo, mas também na sequência dela, chegando ao Jardim Florenza, a rua é mão dupla e sempre deixa os moradores assustados. De um lado da rua não existe calçada, só mato e, quando não, chácaras com plantação de hortaliças. Ainda falando sobre o risco de acidente nestes locais é bom lembrar que uma vida não tem preço, por isso estamos fazendo a nossa parte, levando ao conhecimento das autoridades os problemas e mostrando o perigo que hoje se instalou naquela região da cidade. E, para piorar a situação, o desrespeito e falta de cuidado por parte dos motoristas que passam pelo local em alta velocidade. Será que não percebem o perigo que existe se alguém errar e perder a direção do veículo? Já pensou o que pode acontecer?

“É dia e noite, carro, caminhão e moto passando, correndo aqui perto de casa. Um tempo atrás, aqui era tranquilo. Agora, com esses bairros ali pra cima, a coisa está feia aqui. A gente leva cada susto. Não era acostumada com tanto movimento, mas fazer o quê? É só eles, da prefeitura, colocarem ordem no trânsito. Se ficar um guarda aqui na José Ráo, enche um talão de multa de tanta correria que é. E sem falar a falta de respeito que eles (motoristas) tem”, relatou a dona de casa Rosangela Aparecida da Silva.

A falta das calçadas é um dos maiores problemas da extensão das ruas que ligam os bairros do Alto do Cristo aos bairros do Alto do Ginásio, próximas à caixa d´água, Silvério Selli e Batalhão da Polícia Militar. O pedido de calçadas é constante por moradores e cada vez mais pelo fato de estar aumentando o fluxo de pessoas e veículos por esta região da cidade.

O senhor Antonio da Silva Coelho, um dos moradores antigos da rua José Ráo, relata que já falou com o prefeito Gimenez pedindo a colocação de redutores nesta rua e espera que possa ser atendido.

“Já falei com o Zezinho Gimenez sobre a velocidade e o perigo dessa rua. E, quando inaugurar a Faculdade e liberar a entrada e saída desse lado, a coisa vai ser feia porque aqui não tem calçada. Os alunos vão ter que andar na rua e a rua aqui é mão dupla - outra coisa que precisa mudar urgente, está muito perigoso”, disse o morador senhor Antonio.  

A reportagem do Jornal Agora entrou em contato com o diretor de Trânsito, o engenheiro Auster Faria, para levar até ele a solicitação dos moradores e saber o que pode ser feito no local.

“Já conhecemos o local e já temos um projeto de estudos de toda esta área. Em breve vamos fazer mudanças nos bairros novos aqui de cima. Estamos acelerando o processo com o intuito de resolver a sinalização do local antes mesmo da inauguração da Faculdade. Aqui se percebe que vamos ter que colocar mão única e construir redutores de velocidade. Agora, sobre calçadas, não compete ao meu departamento resolver, mas estou levando o problema ao secretário de Obras do município, que tem a prerrogativa de atuar nesta área”, falou Auster Faria, diretor de Trânsito da cidade de Sertãozinho.

Procuramos o secretário de Obras para sabermos sobre os procedimentos de construção de calçadas. segundo o secretário de Obras, Carlos dos Anjos, a obrigação de construir calçada em um terreno particular é do dono do terreno. Agora, tomando conhecimento do problema, o Secretário disse que já vai notificar todos os proprietários de terrenos na extensão da Rua José Ráo para resolver a situação.