“Arrastão Contra a Dengue” é realizado em Cruz das Posses

05/03/2015

Em continuidade ao trabalho que vem sendo implementado pela Secretaria Municipal de Saúde, com foco no controle da dengue, no último dia 24, o Núcleo de Controle de Vetores realizou mais um “Arrastão Contra a Dengue”.

Desta vez, a ação beneficiou o Distrito de Cruz das Posses, e se deu através de visitas às residências, em que os agentes de vetores puderam fazer um trabalho de orientação junto aos munícipes, além da coleta de objetos em desuso que poderiam servir como criadouros do mosquito transmissor da doença.

Segundo informações do Núcleo de Controle de Vetores, ao todo, foram coletadas, e devidamente descartadas, 22 toneladas de objetos, recolhidas em 1.272 residências, em um trabalho que envolveu 23 agentes de Controle de Vetores, 23 colaboradores braçais e 11 caminhões.

Para a coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores, Milena Balthazar de Souza Ribeiro, a luta contra a dengue deve ser constante, principalmente, no período do verão. “Os agentes e colaboradores percorreram toda a região do Distrito, para recolher os materiais que servem como possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti, e orientar os moradores, inclusive sobre roedores. A equipe do Núcleo do Controle de Vetores está trabalhando no bloqueio e controle da doença, em diferentes pontos do município, onde foram registrados casos de dengue; apesar disso, solicitamos o apoio da população, ainda mais neste período chuvoso, que favorece a procriação do mosquito”, explicou.

Prevenção de roedores: saiba como proceder

Outro trabalho importante que vem sendo conduzido pela Secretaria de Saúde de Sertãozinho, por meio do Núcleo de Controle de Vetores, é a prevenção de roedores - pragas urbanas que, além de serem incômodas, podem transmitir diversas doenças graves, como peste bubônica, tifo, leptospirose, hantavirose, cólera, disenteria e febre por mordedura de rato. Além disso, também causam danos econômicos, dentre eles na destruição de instalações elétricas, ocasionando incêndios, na produção de grãos e na pecuária.

Por essa razão, o controle dos roedores é de extrema importância e deve começar pelo manejo do ambiente, evitando novos invasores. “Caso a pessoa encontre roedores em seu imóvel, primeiramente, ela deve identificar o que está atraindo esses animais, como e onde estão as fontes de alimento, água, locais de abrigo e acesso. Os sinais de uma infestação são a presença de fezes, alimentos muito roídos e até animais de estimação muito agitados à noite, devido à presença dos roedores”, esclarece a coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores, Milena Balthazar de Souza Ribeiro.

Para evitar a invasão e a proliferação de roedores em um imóvel, algumas medidas adotadas pelos próprios cidadãos são muito importantes, como: não deixar alimentos expostos sobre a mesa, fogão ou forno durante a noite; armazenar frutas, legumes, verduras e sobras de comida na geladeira, e guardar os alimentos em latas fechadas dentro do armário; não deixar louça suja na pia de um dia para o outro; retirar a comida do animal de estimação à noite e guardar a ração em vasilhames fechados, inclusive o alpiste dos pássaros; antes de dormir, lavar as mãos e a boca para evitar mordeduras de ratos, principalmente no caso das crianças; colocar o lixo na rua próximo ao horário de passagem do veículo coletor, para evitar que os sacos fiquem muito tempo expostos, atraindo os roedores; evitar o acúmulo de entulhos, de materiais de construção ou inservíveis próximos às residências; entre outras.

A profissional alerta para os cuidados quanto ao uso de raticidas. “A aplicação desse tipo de produto deve ser feita por profissionais habilitados, após avaliação sistemática do local e identificação do tipo de roedor. O uso de chumbinho é perigoso e proibido, pois quando a colônia percebe que alguns roedores morreram após comê-lo, o restante passa a não se alimentar com a isca, podendo causar acidentes pelo consumo de animais e crianças”, explica Milena.

É importante destacar que, apenas o rato silvestre pode transmitir a hantavirose, já que os ratos da cidade, como camundongos e ratazanas, não são portadores desse vírus, que contamina a pessoa ao respirar poeira com restos de fezes, urina ou saliva de ratos contaminados; o que geralmente ocorre em ambientes fechados, onde existam ratos contaminados. “A doença não é transmitida através de espirro, tosse, aperto de mão ou qualquer outro contato físico. Por isso, os moradores de áreas rurais, agricultores, pescadores, pessoas que fazem trilhas, acampam ou frequentam matas, correm maior risco de contrair a doença”, completa a coordenadora do Núcleo de Controle de Vetores.

Como não existe vacina contra a hantavirose, o ideal é seguir algumas medidas preventivas, como:

– Antes de entrar em um ambiente que ficou fechado por muito tempo, abra as portas e deixe arejar por meia hora. Em seguida, abra todas as janelas e espere mais meia hora antes de entrar para fazer a limpeza. Prepare, então, uma mistura de 1 copo de água sanitária com 9 copos de água. Com a ajuda de um rodo, molhe um pano nessa mistura e passe no chão, tomando o cuidado de não levantar poeira. Jamais use vassoura. Mantenha portas e janelas abertas até que tudo esteja limpo e seco;

– Mantenha o mato em volta da casa sempre cortado e evite o acúmulo de madeira, lixo ou folhas perto da casa;

– Não coma frutos caídos ou próximos do chão;

– Tape todas as frestas e buracos por onde o rato possa passar;

- Guarde grãos ou qualquer alimento a uma altura mínima de 40 centímetros do chão, e nunca toque no rato.

Curiosidade                                               

A procriação dos ratos acontece de forma rápida, quando encontram comida e água com facilidade. Portanto, quanto maior a quantidade de alimentos expostos, maior a proliferação. Os ratos, aos três meses, já estão prontos para se reproduzir, dando cria a cada 20 dias, com ninhada de cinco a 12 filhotes.

Outras orientações podem ser obtidas junto ao Núcleo de Controle de Vetores, por meio do telefone 3945-5369.

Fotos