CRISTIANE FRAMARTINO BEZERRA
"Vivemos tempos difíceis", eis a afirmação que ouço quase diariamente.
Um mundo em guerra, não só as principais, anunciadas a todo momento na imprensa internacional. Mas também as ideológicas, de princípios, valores, cada um com a sua verdade absoluta. Um número alarmante de suicídios entre jovens e adolescentes, um número crescente de gente necessitando de medicamentos pra dormir, para trabalhar, para enfrentar o dia a dia!
"Há problemas, eu sei, mas há flores", como bem escreveu Manuel Bandeira!
Muitos buscam suas respostas em livros, palestras, terapias, religiões, preces, mantras e afirmações!
Percebo claramente uma distinção entre os que apostam na sua própria cura íntima e pessoal, no Bem, no Amor e na Paz, e nos que vivem realçando o pior possível da humanidade.
Não acredito que simplesmente deixar de ver os programas que anunciam quase a tarde toda as tragédias anulará suas ocorrências, porém, há energia em tudo. Se prestarmos a atenção, basta vermos uma notícia triste que nosso coração parece absorver quase que imediatamente aquela dor...
Buscamos respostas para as dores do mundo, sem dúvida. Mas nem sempre paramos pra pensar que a dor individual se torna coletiva. Quanto mais nos curamos e dedicamos um tempo, por menor que seja, a observarmos o que precisa ser melhorado em nossas vidas, mas principalmente nos nossos pensamentos, palavras e atitudes, o mundo todo vai começar a sentir esta pequena mudança.
Nossas asas de borboletas, devagar e sempre, podem provocar um ciclone de Amor e Luz ao redor e em toda a parte. As respostas às nossas angústias estão muitas vezes em perceber que, por mais desafiadores sejam nossos momentos, ainda há um número considerável de bênçãos ao redor. Aprendi, com o tempo e com pessoas queridas, que "tudo o que acontece nos favorece", que nada acontece por acaso, que tudo, absolutamente tudo, é ensinamento...
Creio que está na hora de entendermos o precioso papel que ocupamos na ordem das coisas e ocuparmos o protagonismo de uma vida mais plena, generosa e cheia de sentido. Não é que a tristeza nunca mais chegará, mas conseguiremos olhar para ela com olhos de bondade, acolhimento e transformação.
Estou certa de que podemos. Estou confiante de que temos uma força divina em nós, que nos impulsiona e nos faz seguir adiante. Muito Amor e Luz!
Cristiane Framartino Bezerra
Historiadora de Religiões, Escritora, Angelóloga
@crisbezerrarp