Assassinato em assentamento de “Sem Teto” começa a ser desvendado pela Polícia

06/03/2015

Fernando Laurenti

A mãe de uma jovem de 19 anos entrou em contato com a Polícia Militar de Cruz das Posses e informou que sua filha declarou ter participado do crime que tirou a vida de Limara Alves Picaço, de 39 anos, conhecida como Tiazinha, na antiga Granja Sertaneja, hoje assentamento de “Sem Teto” em Sertãozinho, fato aconteceu na última segunda-feira, 2.

Atendendo ao chamado, a Polícia Militar compareceu à casa da mãe de Ana Paula, onde também mora a filha, e ouviu a confissão de Ana Paula dos Santos, que foi conduzida ao plantão policial.

O delegado de plantão informou aos policiais que Ana Paula e sua mãe deveriam se apresentar no dia seguinte, quinta-feira, 5, na DIG (Delegacia de Investigações Gerais). Liberadas do plantão, Ana Paula e sua mãe, com medo de represálias, pediram o acompanhamento dos policiais até a residência delas em Cruz das Posses. Em conversa, Ana Paula disse aos policiais que não se apresentaria.

As informações recebidas pela polícia por intermédio de telefonemas anônimos coloca a Polícia Civil no rastro dos assassinos, já que Ana Paula disse que ela foi uma das participantes do crime, deixando claro para o Delegado de Polícia da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), dr. Targino Osório, que outras pessoas estavam na cena do crime.

Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, confeccionado na noite de quarta-feira, 4, a mãe da jovem Ana Paulo disse para a Polícia que quatro homens armados estiveram em Cruz das Posses na casa dela à procura de Ana Paula, fazendo ameaças. Foi então que a mãe de Ana resolveu chamar a Polícia, temendo pela vida da filha.

Entenda o caso

Na noite de segunda-feira (2), o diretor do Movimento Sem Teto, Celso Aparecido Ramos, informou à Polícia Militar que encontrou uma mulher morta, deitada no sofá de uma casa na antiga Granja, hoje assentamento de moradores “Sem Teto”.

Segundo a mãe da vítima, sua filha saiu de casa, no bairro Jardim Alvorada, por volta de 1 hora da manhã, para comprar cigarros, e não voltou.

Ao chegar no local do crime, um médico do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) concluiu que o corpo já se apresentava com rigidez cadavérica. Um investigador da polícia constatou indícios de crime, pois havia marcas de sangue nas mãos e no rosto da vítima.

Durante o atendimento da ocorrência, a polícia recebeu informação de uma pessoa anônima de que um homem havia estuprado e esganado a mulher. O suspeito não foi encontrado.