Atleta sertanezino é ouro no Mundial Paralímpico Sub-17
Para quem está sempre atento às mídias da Prefeitura de Sertãozinho, já sabe exatamente de quem viemos falar. Sim, é dele mesmo, Christian Gabriel Luiz da Costa.
Christian tem apenas 17 anos, integra as categorias de base mantidas por meio de convênio com a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, mas o garoto já é sucesso no atletismo: na última semana, Christian participou do Mundial Paralímpico Sub-17, lá na Suíça, e conquistou duas medalhas de ouro, ficando 18 milésimos de segundos de bater o índice da categoria adulta.
E para saber mais detalhes sobre sua trajetória até essa maravilhosa conquista, o Departamento de Comunicação convidou o atleta Christian Gabriel Luiz da Costa para uma entrevista.
Como foi participar do Mundial Paralímpico?
A experiência foi ótima, eu estava com muita adrenalina, com uma ansiedade de tentar conseguir; fiquei muito feliz com os meus resultados.
Como funciona o Mundial Paralímpico?
Bom, existem várias classes que separam as dificuldades, como por exemplo: os deficientes visuais, deficientes físicos, entre outros.
Minha dificuldade é PC, que é uma pessoa que tem um tipo de paralisia cerebral; então, nós só competimos com as pessoas que têm o mesmo tipo de deficiência.
Porque você foi escolhido para participar do Mundial Paralímpico?
Eu fiz os testes e por isso fui para a Suíça competir, e aí eu ganhei duas medalhas de ouro (risos). As minhas marcas estão bem perto do recorde do mundial adulto.
Como você descobriu a sua deficiência?
Bom, minha avó percebeu que, com um ano de idade eu travava a mão e arrastava a perna, e então, minha mãe me levou ao médico, e até hoje ninguém conseguiu classificar exatamente o que é, porque todos os exames que eu fiz, os resultados saem normal. Mas, os meus membros do lado direito, quando estão fadigados, ou seja, muito cansados, eles travam.
De quantas provas você participou no mundial?
Era para competir 4 provas; acabou que participei de apenas 3, e uma delas fiquei desclassificado, que é a prova de salto à distância, mas as outras duas eu consegui as medalhas de ouro.
De onde surgiu o gosto pelo atletismo?
Chega a ser uma história engraçada, porque eu estava de suspensão da escola, estava em casa sem fazer nada e um amigo meu perguntou se eu gostaria de começar a fazer atletismo. Aí, eu coloquei o tênis e fui. Desde o primeiro dia peguei amor e estou até hoje, já faz dois anos. (risos)
E na sua família, as pessoas te dão apoio?
Minha mãe me dá muito apoio, me incentiva muito, está sempre comigo, torce por mim. Minha mãe é o meu suporte.
Quais são os planos de agora em diante?
Estou treinando firme para que minhas marcações consigam atingir os critérios e poder participar, em novembro, do Mundial Paralímpico Adulto, em Dubai. O índice para o adulto dos 100 metros está 11,43 segundos e eu fiz 11,62; mas, acredito que se eu treinar e focar certinho, consigo participar. E, também, penso em poder ir às Paraolimpíadas na França, em 2024, pois eles estão com um projeto de pegar atletas mais jovens.
Qual a sua maior motivação? O que você diria para as pessoas?
Minha motivação é minha mãe. Desde pequeno eu via ela (sic) trabalhando e deixando de ter as coisas para dar aos filhos. Então, eu penso em crescer neste meio e ir aprimorando cada vez mais, fazer faculdade de Educação Física e poder conseguir dar tudo para a minha mãe.
Eu digo que todos têm que ir em busca dos seus sonhos e nunca desistir, pois tudo depende do nosso próprio esforço. (Departamento de Comunicação PMS)