Aumento da produção de etanol de milho deve baratear combustíveis, concluem senadores
A Comissão de Agricultura (CRA), do Senado, debateu na última terça-feira (27) o aumento dos investimentos na produção de etanol de milho na região Centro-Oeste. Debatedores e senadores destacaram o potencial da produção para gerar renda e abastecer o país, contribuindo para a redução do preço médio dos combustíveis.
O representante do Ministério das Minas e Energia (MME), Marlon Leal, alertou que o mercado de etanol proveniente da cana está estagnado nos últimos anos, o que torna "muito bem-vindos" os recentes investimentos no etanol de milho. Ele apresentou estudos da pasta que demonstram que o crescimento do setor de etanol acaba trazendo para baixo o preço dos combustíveis em geral, por ser um produto mais barato. Os dados do MME se baseiam em levantamentos feitos no estado de São Paulo.
“Desde 2006 o etanol é mais barato. Esse é um dado já consolidado. Portanto, quanto mais se oferta e se usa dele, maior é seu impacto na cesta de combustíveis. Só em 2018, o consumidor paulista economizou R$ 1,7 bilhão em combustíveis, comparado com o que gastaria caso não se ofertasse etanol. Desde 2006, a economia já chega a R$ 28 bilhões”, detalhou Leal.
O representante do MME também confirmou que o governo conta com o incremento da produção de etanol de milho para diminuir a dependência da gasolina importada, que corresponde a 10% do consumo nacional. Por isso o programa RenovaBio, política nacional para o setor de biocombustíveis, continuará sendo uma prioridade.
“Se não fosse o RenovaBio, 30% do nosso consumo seria de gasolina importada. E não priorizamos nenhum biocombustível: quem tiver mais competitividade vai encontrar seu espaço”, afirmou Leal. (Com informações do Portal Nova Cana)