Carrapatos: saiba como preveni-los em sua residência
Realizar passeios com animais de estimação é um hábito saudável, e faz muito bem para a saúde de quem os acompanha, mas, é preciso ter um certo cuidado, pois nesses passeios, os cachorros ficam expostos à ação dos carrapatos.
De acordo com informações da coordenadora do Núcleo de Controle de Zoonoses, Marília Rosa Rodrigues, uma única fêmea de carrapato levada para o perímetro da residência pode colocar até 4 mil ovos por postura. “Quando elas põem os ovos, o local pode ficar rapidamente infestado. Desse número, apenas 5% dos carrapatos estão no corpo do animal. Os demais (95%) encontram-se no ambiente, em suas formas imaturas, como ovos, larvas e ninfas. Por isso, é importante que o dono não mate o parasita no ambiente, pois fazendo isso, ele contaminará ainda mais o local com os ovos”, orienta a médica veterinária.
A infestação por carrapatos podem trazer danos à saúde dos animais e dos seres humanos. “São inúmeras as espécies desses pequenos parasitas que, em alguns casos, podem deixar os cães gravemente doentes. Dentre as enfermidades mais comuns, que atingem apenas o animal de estimação, estão a babesiose e a erliquiose, que geralmente são transmitidas pelo carrapato marrom”, explica Marília, que completa: “mas é importante destacar que, outras doenças, como a borreliose e a febre maculosa, transmitidas pelo carrapato estrela, podem atingir tanto os animais, quanto os seres humanos, com consequências que podem ser graves; assim, é de extrema importância que as pessoas fiquem atentas à presença de qualquer parasita em seus animais e em suas residências”.
Por esses motivos, o dono deve ficar atento às formas de aplicação do veneno. Nos animais, devem ser usados produtos de aplicação no dorso, mensalmente; os abrigos devem ser lavados com desinfetante e, no ambiente, deve-se fazer uso de produtos carrapaticidas, periodicamente. Nos muros, calçadas, pisos e paredes, o produto também deve ser aplicado. Vale lembrar que, neste momento, animais, crianças e idosos devem sair do local, para evitar intoxicações. “É muito importante que o tratamento seja periódico. Em caso de infestação, o ideal é que ocorra pelo menos uma vez por semana no primeiro mês; a cada 15 dias no segundo mês e, depois disso, realizar a manutenção, uma vez por mês. Aplicações esporádicas não resolvem o problema”, reforça a coordenadora do Núcleo de Controle de Zoonoses.
Outras medidas que podem ser adotadas em caso de infestações são:
- Manter a grama do jardim sempre curta;
- Aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança-chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão, etc;
- Verificar a presença de carrapato no cão, com frequência, principalmente na região das orelhas, dedos, patas, olhos, nuca e pescoço;
- Fechar todos os vãos de pisos, paredes, portas e janelas da casa.
Como diferenciar as espécies de carrapato?
As duas espécies se diferenciam nos aspectos visual e comportamental. O carrapato marrom é aquele bem pequeno, que não gosta de ficar no chão e nem na grama. Já o carrapato estrela tem coloração mais amarelada e gosta de se abrigar no mato e na grama.
Independente da espécie encontrada, o importante é o combate ao parasita, portanto, o cidadão que tiver qualquer tipo de dúvida nesse processo deve procurar o Núcleo de Controle de Zoonoses, que está à disposição para realizar todo tipo de esclarecimento sobre o assunto.
O local atende de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h, e está localizado à avenida José Ferreira dos Reis, 890, no Jardim Athenas. O telefone para contato é o 3945-5369. (Assessoria de Comunicação PMS)