CEISE Br, SESI e SENAI Sertãozinho encaminham carta à presidente Dilma manifestando o impacto do corte no Sistema “S”

19/10/2015

O CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) – representando seus associados, em ação conjunta com o SESI e o SENAI Sertãozinho encaminharam uma carta à presidente do Brasil, Dilma Rousseff, manifestando a opinião das entidades sobre a proposta do governo federal de reduzir os recursos do Sistema “S”, que reúne as instituições SENAI; SESI; SENAC; SESC; SEBRAE; SENAR; SEST; SENAT; e SESCOOP.

Respaldados pela necessidade constante de inovação e tecnologias do setor sucroenergético, para que o mesmo possa continuar se desenvolvendo, crescendo, e ter competitividade de mercado, o documento faz um relato pautado em números, em exemplos reais da importância da continuidade dos serviços do Sistema “S” - na integralidade como foram executados até o momento, e o impacto da redução de 30% no repasse às instituições, o que vai influenciar diretamente na capacidade de investimentos em educação básica e técnica, comprometendo, consequentemente, o desenvolvimento industrial.

Um dos trechos da carta, que também foi enviada aos presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ressalta o prejuízo socioeconômico do corte: “Calcula-se que o montante que deixaria de ser repassado às instituições para cobrir déficit da previdência social, causaria o fechamento de 1,8 milhão de vagas em cursos profissionalizantes oferecidos pelo SENAI por ano, com o provável fechamento de mais 300 escolas em todo o país. Outros 735 mil alunos vão deixar de estudar no ensino básico ou na educação de jovens e adultos oferecida pelo SESI, pois estaria na iminência de fechar cerca de 450 escolas no Brasil. As duas instituições estimam que tenham de demitir cerca de 30 mil trabalhadores em todo o país”.

Segundo o presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho, “a entidade reconhece a atuação do Sistema “S” na formação e capacitação de profissionais em diversas áreas, principalmente nas relacionadas à tecnologia e inovação do setor sucroenergético – especialmente em Sertãozinho, onde a entidade está sediada, sendo o munícipio o maior polo industrial dessa cadeia do país, localizado na região responsável por 60% da produção canavieira brasileira”, conclui ele.

“A compreensão de que o Brasil necessita, efetivamente, de um ajuste fiscal e de uma agenda otimista que nos conduzam à retomada do crescimento sustentável, permeia toda a população. Contudo, a superação da crise econômica não pode prescindir de medidas e reformas estruturais pró-competitividade, que permitam a melhora do cenário econômico, dentre as quais, preservar as condições de acesso à educação básica e à educação profissional de qualidade promovida, dentre outras instituições de igual valor, pelo SESI e pelo SENAI”, finaliza a carta.