Comprar ou não comprar, eis a questão!

Comprar ou não comprar, eis a questão!
05/08/2024

O consumidor abre o jornal e alguém orienta: é hora de comprar. No dia seguinte, a notícia é outra: não compre. Controle.

Afinal, o que fazer? Na prática, nos deparamos com informações desencontradas, decorrentes da falta de informações precisas e de um cenário estável para a economia, cada vez mais vulnerável aos movimentos financeiros.

Ao menos duas estratégias o vendedor pode utilizar para maximizar sua receita. Diminuir sua margem de lucro para aumentar suas vendas e, assim, manter sua lucratividade com uma quantidade vendida maior ou aumentar o preço do produto, mesmo com o risco de redução na demanda.

O que acontece atualmente é que o consumidor possui maior nível de informação e já reconhece seu poder de negociação. Assim, se existe uma pequena diferença de preço em muitos itens, vai optar por comprar esta grande quantidade no local com melhores condições, mesmo que em outra cidade.

Como já abordado, a culpa sempre recai no consumidor. Nas mais recentes crises de desabastecimento, o argumento sempre foi esse: o excesso de demanda! Raríssimos comentários foram coerentes em apontar a falta de oferta como o maior fator de desequilíbrio da atividade econômica.

Aliás: o que é oferta? E o que é demanda?

Em economia, a Lei da Oferta e Procura, também chamada de Lei da Oferta e da Demanda, é a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto - isto é, a procura - e a quantidade que é oferecida, a oferta. A partir dela, é possível descrever o comportamento preponderante dos consumidores na aquisição de bens e serviços em determinados períodos, em função de quantidades e preços. Nos períodos em que a oferta de um determinado produto excede muito a procura, seu preço tende a cair. Já em períodos nos quais a demanda passa a superar a oferta, a tendência é o aumento do preço.

Segundo os autores clássicos, o aumento do investimento provoca um efeito multiplicador da demanda agregada. Ou seja: quanto maior a produção, maior a renda e, conseqüentemente, maior a demanda. Se é esse o motivo, não existe remédio senão aumentar a produção e a oferta de mais produtos para restabelecer o equilíbrio.

Falta coerência. Falta política produtiva que garanta condições iguais para todos os agentes. Falta ação econômica de governo, cumprindo seu papel de agente fiscalizador, distribuidor e alocador de recursos.

Enquanto isso, continuaremos ouvindo as mesmas justificativas: o preço aumentou porque muita gente está procurando o produto (demanda alta). A culpa é do cliente, que não tem sempre razão. Neste caso, ele insiste em querer usufruir de seu esforço e gastar seu dinheiro comprando aquilo que atende suas necessidades!

O cliente está mais seletivo e usa seu dinheiro com mais critério, pois sabe da dificuldade em ganhá-lo. Ou então cabe ao cliente fazer valer a sua força, seu poder de compra e direcionar seu dinheiro para outros produtos e serviços, substitutos dos tradicionais, obrigando o famigerado mercado a reduzir seus preços.

Em tempo: Feliz Dia dos Pais! Parabéns a cada um de nós e, em especial, ao meu pai, exemplo, referência e amor da minha vida, Dr. Bellini

 

Prof. Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em administração, professor de Gestão Empresarial (administração) da Fatec Sertãozinho e Unip RP. Membro da Asel - Academia Sertanezina de Letras.