CRISE - Dedini volta a demitir; Camaq encerra a semana com as portas fechadas encerrando as atividades

CRISE - Dedini volta a demitir;  Camaq encerra a semana com as portas fechadas encerrando as atividades
28/03/2016

Fernando Laurenti

No fechamento desta edição recebemos informações que a empresa Dedini fez, na quinta-feira, 24, novas demissões e que, segundo um trabalhador demitido, o número não dá para precisar, mas que poderia ser mais de 180, dada a movimentação na empresa. A empresa está em um processo de recuperação financeira e muitos trabalhadores que foram demitidos em outras datas ainda não receberam seus acertos. E, para piorar, muitos não conseguiram nem o FGTS.

Já os trabalhadores da Camaq demitidos fizeram nos últimos dias manifestos para receberem os acertos. E, piorando ainda mais a situação, ontem, 24, os trabalhadores teriam sido dispensados para irem para suas casas sem saberem o que vai acontecer. Segundo familiares de funcionários, a empresa está já alguns meses atrasando os pagamentos e que nesta última semana a empresa ficou sem abastecimento de energia. Isso tudo,  deixando claro, são informações de familiares de trabalhadores, mesmo porque entramos em contato com o Sindicato dos Metalúrgicos na tarde de ontem, no fechamento desta edição, mas não obtivemos informações concretas, mesmo porque o próprio Sindicato ainda não tem os números exatos das demissões.

Uma coisa é certa: na Dedini houve demissões, mas não sabemos ainda o número exato de demitidos. A Dedini dificulta o acesso dos diretores do Sindicato. E está programada uma reunião com os demitidos na próxima quarta-feira, dia 30, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.

Na Camaq, as atividades estão paralisadas. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa não tem recursos para acertar os atrasados dos funcionários e não tem mais nenhuma encomenda de serviço. Com isso, a empresa preferiu fechar as portas e mandou parar mais de 100 trabalhadores, segurando só alguns do RH. “A situação é dramática no município de Sertãozinho. Não sei onde vamos parar. Do jeito que vai, não sei o que vai acontecer. Estamos iguais a todos, sem saber os números exatos. Agora vamos atender os trabalhadores e ver como vai ficar. Na Camaq já entramos com uma liminar para garantir o que sobrou na fábrica como resto para resgatar para os trabalhadores”, disse Samuel Marquete.