DEMORA - Casas invadidas pelo Movimento “Sem Teto” no ano passado atrasam entrega das moradias

16/05/2016

Fernando Laurenti

No ano passado seriam entregues 200 casas do Conjunto Habitacional “Anélio Cellini”. Segundo o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Sertãozinho, as casas só não foram entregues por conta da invasão que ocorreu e que, segundo a própria Caixa Econômica Federal, que é a responsável pela entrega e assinatura dos contratos, após a retirada dos invasores por meio de ação de despejo movida na Justiça, as unidades precisaram passar por reformas e o valor da reforma foi de R$ 600.000,00. Após vistoria, o Governo Federal abriu licitação e contratou a empresa Menin, construtora responsável pelas reformas.

A empresa recebeu até agora só metade do valor. Por isso vai devagar, quase parando, no aguardo do recebimento do restante.

Para quem olha, parece que está tudo pronto, mas é bom lembrar que têm casas que ainda precisam de fiação  e outros detalhes para ser finalizados. Enquanto isso, a Prefeitura fica de mãos atadas, não podendo entregar as casas.

A assinatura do contrato e entrega das chaves só ocorrerão após a entrega da obra pela empreiteira e a vistoria dos engenheiros da Caixa. Feito isso, aí sim a Caixa repassa para a prefeitura entregar para as pessoas que estavam em locais de risco e outras situações, até alguns que conseguiram suas casas em sorteio público.

Por intermédio de ofícios e ligações telefônicas, a prefeitura fez várias cobranças ao superintendente regional da Caixa Econômica Federal. A Caixa marcou uma data de entrega das moradias se a construtora entregar a obra tudo se resolveria no final deste mês de maio ou início de junho, segundo o que disse o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Social do Município, Felipe Aguiar.

As 200 famílias que foram sorteadas no ano passado não aguentam mais esperar. Estão ansiosas e preocupadas. E a maior preocupação é com relação a uma suposta segunda invasão, já que correm boatos entre os contemplados em sorteio no ano passado, muitos pagam aluguel e outros moram em local de risco e querem o mais rápido possível sair dessa vida.