Depressão

22/08/2022

‘‘’TRISTEZA NÃO TEM FIM, FELICIDADE SIM’’. (Vinícius de Moraes e Tom Jobim)

 

DRA RITA ENTREVISTA A PSICÓLOGA E NEUROPSICÓLOGA VALÉRIA ZUCCO – CRP 06/44549-0

 

Depressão é uma doença que tem alta incidência atualmente e pode ocorrer em adultos, crianças e adolescentes. Pode ser considerada, clinicamente, como um transtorno da afetividade, caracterizada por melancolia intensa e desânimo, que compromete o indivíduo como um todo. É uma doença como qualquer outra que exige tratamento adequado. Se não for tratada, pode gerar incapacidade e trazer sofrimento para o indivíduo afetado e seus familiares.

O que caracteriza os quadros depressivos, além da tristeza que compromete as relações familiares e as amizades, é a desmotivação para a maioria das atividades, como estudo ou trabalho, e tendência ao isolamento social. Além disso, há sintomas como a alteração do apetite, perda ou ganho significativo de peso; insônia ou hipersônia; agitação psicomotora ou apatia; fadiga ou perda de energia; sentimento exagerado de culpa ou de inutilidade; diminuição da capacidade de concentração e de memória. E, nos casos mais graves, pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida ou qualquer tentativa de atentar contra a própria vida.

Os fatores que levam as pessoas a desenvolverem a DEPRESSÃO é a vivência de situações consideradas desestabilizadoras, como a perda de um ente querido, separações, negligência dos pais e/ou violência sofrida na infância. Também o consumo de drogas e bebidas alcóolicas, problemas na sexualidade, a marginalidade, PANDEMIA. Ela também pode vir associada a outras patologias. E a rejeição por parte dos amigos, o fim de um namoro, uma gravidez indesejada. Como também a dificuldade de encarar os problemas do dia a dia e de lidar com frustrações podem colaborar no quadro.

Ainda existem muito preconceito e mitos, que dificultam a busca de tratamento. Os familiares devem estar atentos e encaminhar os doentes a serviços especializados assim que surgirem os primeiros sinais, pois dificilmente uma pessoa consegue sair sozinha da depressão. É recomendado que se procure por especialistas: psiquiatra, neurologista e psicólogo para fazer o tratamento adequado e, se necessário, tomar os remédios corretamente.

Os efeitos do tratamento podem demorar um pouco e os pacientes podem desistir no meio do caminho, pois é a longo prazo. Assim, o apoio da família é fundamental. Além disso, devem ser incentivados hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, lazer, fortalecimento na espiritualidade. O cultivo de bons relacionamentos, pessoas que compreendam verdadeiramente o paciente, faz toda diferença para o sucesso do tratamento.