DESESPERO - Jovem se acorrenta e faz greve de fome por remédio para tumor cerebral
Eddie Nascimento
Um estudante com tumor cerebral fez greve de fome e se acorrentou em frente à Prefeitura de Sertãozinho, na tarde da última quarta-feira (18), para reivindicar o recebimento gratuito de um medicamento para seu tratamento.
Marcos Matheus Fábio, de 22 anos, diz que o Estado e a Prefeitura deixaram de fornecer o remédio em dezembro, quando uma liminar que garantia o benefício foi suspensa porque o medicamento que controla o tumor, novo, não lista na relação aprovada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O corte veio após um recurso ajuizado pela Prefeitura de Sertãozinho, que alegou que o remédio não era recomendado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
Sem condições de bancá-lo - cada caixa com ampolas custa R$ 15 mil -, ele decidiu chamar atenção das autoridades. "Eu estou aqui porque estou lutando pelos meus direitos de viver. Eu estou lutando pelas minhas injeções, pelo meu tratamento de saúde que estou fazendo", disse.
O prefeito de Sertãozinho, Zezinho Gimenez (PSDB), disse ter conversado com o jovem e garantiu que vai pagar o medicamento mediante determinação da Justiça - o Ministério Público deu parecer favorável à retomada do benefício.
O Departamento Regional de Saúde de Ribeirão Preto confirmou que suspendeu a distribuição do remédio ao estudante por causa de uma determinação judicial, depois de uma ação movida pela Prefeitura. A Secretaria de Estado da Saúde comunicou, no entanto, que cumpre todas as ações judiciais vigentes.
A doença, conhecida como acromegalia, é responsável pelo excesso de produção de GH – hormônio do crescimento - que causa efeitos em todo o organismo.
Segundo ele, os remédios capazes de minimizar os efeitos do tumor custam, em média, R$ 15 mil por mês. “Infelizmente não tenho condições de mantê-los. Por isso, gostaria de chamar a atenção de todos, para que me ajudem com qualquer quantia.”
Marcos já passou por duas cirurgias: uma no Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto, e outra em Sertãozinho. Porém, os tratamentos, associados às fortes medicações, não foram suficientes para impedir que o tumor continuasse crescendo.
“No momento, eu tenho comigo uma caixa de medicamentos que vão me ajudar por um tempo. Mas logo eles vão acabar. Essa é minha grande preocupação. Por isso, gostaria mais uma vez de pedir a colaboração de todos, com qualquer quantia que seja, para que me ajudem a ultrapassar mais essa etapa da minha vida”. (Com informações do Portal G1).
Como ajudar?
Para abraçar esta causa, qualquer pessoa pode entrar em contato com o próprio Marcos, através do telefone: (16) 99192-1538, ou pela página do Facebook: Marcos Mateus Fábio.
As colaborações em dinheiro podem ser feitas através do banco Caixa Econômica Federal, agência 0355-13 / poupança 314512 (Marcos Mateus Fábio).