Dezembro Laranja

21/12/2020

Desde 2014 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) iniciou a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele realizada sempre no último mês do ano, conhecida como Dezembro Laranja. Diversos outros órgãos públicos participam desta campanha, como hospitais, escolas e unidades de saúde, além do apoio de instituições privadas.

            Muitas vezes são realizados mutirões de consultas gratuitas para avaliação das “pintas” promovendo maior diagnóstico de possíveis cânceres de pele, além do incentivo à proteção solar, através do uso adequado de filtro solares, proteção física com roupas e chapéus, etc, reduzindo o foto-dano causado pelo excesso de sol, principal fator de risco para o desenvolvimento das lesões.

            Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é a doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos por ano, mas quando tratado no início, tem cerca de 90% de chances de cura. Os tipos mais comuns são: carcinoma basocelular e espinocelular representam cerca de 80% deles, ambos apresentam altos índices de cura quando tratados no início. Já o melanoma, geralmente caracterizada por “pintas pretas”, tem riscos de crescimento local e a distância, tornando a doença mais agressiva, representa cerca de 10% dos casos.

            Devido a pandemia do corona vírus, este ano a Campanha está em formato digital, iniciada em 1° de Dezembro e, tem por objetivo conscientizar crianças e adolescentes. Hábitos controlados de exposição solar na infância são fundamentais para prevenir tais doenças na fase adulta.

            Hábitos adequados de fotoproteção:

  • Proteção física: usar óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus,
  • Evitar a exposição solar entre 9h e 15h,
  • Preferir a sombra,
  • Utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

            Pessoas de pele mais clara, cabelos e olhos claros, ruivos, com sardas e excesso de “pintas” ou com histórico familiar de câncer de pele, ou com doenças crônicas (imunossuprimidos ou transplantados) são mais suscetíveis a desenvolver tais lesões, necessitando redobrar os cuidados, além de avaliação rotineira com médico especialista.

            Atenção às pintas e manchas que crescem de tamanho ou mudam de cor (especialmente as escuras, marrons ou pretas), além de feridas que não cicatrizam. É muito importante o auto-exame realizado pelo próprio paciente e também por familiares em locais de difícil visualização, tais como o dorso ou couro cabeludo. Por isso a importância de saber os sinais de alarme através da Regra do ABCDE (não substitui a consulta médica com especialista):

Regra do ABCDE

 

Benigno

Maligno

A: Assimetria

Simétrico

Assimétrico

B: Bordas

Regulares

Irregulares

C: Cor

Único tom

Mais de dois tons

D: dimensão

Inferior a 6 milímetros

Superior a 6 milímetros

E: evolução

Não cresce e não muda de cor

Cresce e muda de cor