Economia: aulas voltando. Material escolar é o peso nas contas pessoais

Economia: aulas voltando. Material escolar é o peso nas contas pessoais
29/01/2024

Segundo as notícias mais recentes, os preços dos materiais escolares tiveram variação maior que a inflação de janeiro a dezembro. Ao contrário dos anos anteriores, o material escolar vem registrando aumentos acima da inflação média. Isso quer dizer que esse item da cesta de compras está mais custoso para as famílias, em especial no primeiro mês do ano. Tem que procurar, pechinchar, comprar em grupo, para tentar baixar o preço.

No mês de janeiro, devido à procura, o preço pode subir. Mas, ao longo do ano, ele pode recuar. Está todo mundo concentrado em comprar lista de material. Então, é óbvio que os componentes devem subir. Aqueles que anteciparam as compras ou conseguem adiá-las até após o carnaval têm substancial redução nos preços.

No que se refere aos livros didáticos o peso no bolso das famílias pode ser maior este ano, pelas mudanças ortográficas e de títulos pelas escolas que limitam o acesso a livros usados, por exemplo.

Pesquisas de preços são realizadas diariamente em todo o país com o objetivo de fornecer ao consumidor uma amostra das diferenças de preços no mercado, chamando a atenção para a necessidade de se realizar comparações antes da compra. Os preços podem ter variações consideráveis de um estabelecimento para outro. A causa pode ser a marca, descontos especiais e promoções. Por isso, vale a pena fazer um levantamento antes.

Em relação às listas de materiais escolares, a instituição de ensino não pode restringir a compra a um determinado estabelecimento comercial, caso os produtos sejam comercializados no mercado geral. A lista deve ser restrita a produtos de uso próprio do aluno, não sendo permitida a solicitação de material para utilização comum como produtos para provas e avisos, material de laboratório e biblioteca. Estes insumos devem ser de responsabilidade da escola. É vedada a inclusão de itens de limpeza, higiene, expediente e outros que não fazem parte do uso individual do aluno e que não se vinculem diretamente às atividades do mesmo.

Sobre os uniformes escolares, não existe restrição legal quanto à comercialização na instituição de ensino. No entanto, o consumidor deverá ser informado no instante da contratação sobre a obrigatoriedade do uso e o seu preço médio, sendo que os valores cobrados não poderão fugir à média do mercado.

Quais devem ser as prioridades na compra do material escolar? Todo início de ano ou semestre letivo, as papelarias e livrarias ficam lotadas de pais em busca de material escolar. Nesse período, os preços dos materiais escolares sobem consideravelmente se comparados a outras épocas do ano. Com isso, o gasto que se tem com os materiais escolares supera os demais. Para ajudar os pais a economizar e comprar o material mais adequado, coletamos algumas dicas.

1º - Antes de sair às compras, verifique os materiais do ano ou semestre anterior para saber o que você pode reaproveitar.

2º - Compre apenas os materiais mais básicos. Deixe para o período pós-volta às aulas para comprar os demais materiais, pois os preços tendem a cair.

3º - É sempre melhor pesquisar antes de comprar, pois os materiais escolares sofrem variação de preço de uma papelaria, ou livraria, para outra.

4º - Pesquise também as marcas, pois uma marca menos conhecida pode oferecer materiais tão bons quanto os de marca famosa.

5º - Evite levar seu filho para comprar os materiais, pois ele provavelmente vai optar por produtos da “moda”.

6º - Fique alerta com a compra no cartão de crédito e no cheque especial, para não aumentar suas dívidas ou comprometer suas receitas futuras.

 

Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em administração, professor da Fatec/STZ e da Unip/RP.