ECONOMIA - Semestre termina com queda de 13,2% no faturamento das micro e pequenas empresas

22/08/2016

As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas chegaram ao fim do primeiro semestre de 2016 com redução de 13,2% no faturamento acumulado no período em comparação com os primeiros seis meses de 2015, já descontada a inflação. Foi a maior taxa de queda para um primeiro semestre em relação a igual intervalo do ano anterior desde 2002, quando as MPEs registraram recuo de 17,9% ante os seis meses iniciais de 2001. A receita total das MPEs no período foi de R$ 275,3 bilhões, apenas ligeiramente maior do que a registrada no primeiro semestre de 2009, ano da crise financeira internacional. As informações fazem parte da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP.  

Os números são reflexo do fraco desempenho da economia brasileira. O crescimento do desemprego, a diminuição do rendimento real dos trabalhadores e a confiança em níveis históricos baixos -  mesmo com a elevação observada ultimamente – reduziram o consumo e, consequentemente, os ganhos das MPEs.  

Todos os setores apresentaram redução de receita superior a dois dígitos no primeiro semestre: a indústria teve queda no faturamento de 15,3%; os serviços, de 14,7% e o comércio, de 11,2%.  

Por regiões, a queda também foi generalizada. No confronto do primeiro semestre deste ano com o acumulado de janeiro a junho de 2015, o faturamento das MPEs da Região Metropolitana de São Paulo sofreu a maior baixa, de 15,3%. O município de São Paulo observou retração de 14,6% e no Grande ABC o recuo ficou em 14,5%. No interior do Estado a diminuição no indicador atingiu 10,9%, relativamente menos acentuada que nas outras regiões. Possivelmente o melhor desempenho de algumas culturas agrícolas relevantes, contribuiu para uma maior circulação de renda nesta região. 

Considerado apenas o resultado de junho, o faturamento das MPEs paulistas caiu 11,4% ante igual mês de 2015. A indústria liderou a queda, -14%, seguida por serviços, -11%, e comércio, -10,8%. (Assessoria Sebrae-SP)