ESPÍRITO NATALINO - O Natal dos excluídos

“Natal?  Eu vou é tomar pinga para esquecer o que é isso”, revolta-se o morador de rua Genival de Souza, pois para ele o espírito natalino não faz mais sentido em sua vida há muito tempo. Para ele não há mais esperança de dias melhores
28/12/2015

Lena Aguilar

Eles fazem parte da sociedade, mas, por acaso, ou por “coisas da vida”, sentem-se  fora da ‘bolha’. Os órgãos públicos enfrentam diariamente os desafios do combate social para que essas pessoas voltem a ser incluídos na comunidade dos municípios em que vivem.

Sertãozinho trabalha arduamente para atender inúmeras famílias que necessitam de atendimentos dos mais variados – desde uma cesta básica, Bolsa Família, habitação, enfim, são tantas necessidades básicas que às vezes precisam contar com a ajuda do verdadeiro amor ao próximo. Só Deus nas causas impossíveis.

E, com a chegada do Natal, que é destaque neste mês de dezembro, alguns dos excluídos também se tornam foco de olhares misericordiosos que tanto precisam da ajuda do próximo, em dar de si sem pensar em si.

São os exemplos de Genival de Souza, de 27 anos; Angela Aparecida da Silva, 52 anos, que cuida de um sobrinho especial e de mais seis netos; e  de Maria de Fátima Viano, 42 anos, que atua como agente de limpeza, mas no momento está desempregada com dois filhos e sem marido. Eles  são uns dos excluídos em destaque  nesta época do ano em que é tempo de Natal, dia de festa e muita alegria. Para os cristãos é a comemoração do nascimento de Jesus, daquele que revolucionou a história da humanidade ao pregar e viver o amor. Por isso, o Natal é tão festivo. Existem aqueles que, para eles, simplesmente é dia de roupas novas, presentes e fartura.

Ainda há outras que não têm o que comemorar, são os excluídos pelos que celebram o Natal. São seres invisíveis aos olhos da “sociedade”.

Será que há alguma semelhança com o nascimento de Jesus? Nas escrituras narram que Maria e José tiveram que se arrumar em uma estrebaria para que Jesus nascesse, ou seja , no momento estavam sem um teto para acomodar aquela família. Pois é, os excluídos, também, têm filhos e esposas, porém o que comemorar? Enquanto os afortunados fartam nas ceias natalinas, eles choram por não terem o que comer.

Há pessoas que rezam e rogam a Deus para que o espírito natalino toque nos corações dos afortunados para que eles partilhem suas farturas com aqueles que nada têm, pois acreditam que só o compartilhamento é que demonstra que se sabe e se aprende o verdadeiro sentido do Natal: o nascimento de Jesus, o semear do amor, uma nova vida. Feliz Natal!

Um sonho de Natal

O que será alegria para muitas pessoas, será também muita tristeza para algumas famílias.

 

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