Falando de Economia com Beto Bellini - A Economia Solidária e a solidariedade
Economia solidária é um conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão. A economia solidária se apresenta como uma alternativa de geração de trabalho e renda, sobretudo às populações mais empobrecidas, a favor da inclusão social.
A Economia Solidária (ES) é uma resposta dos trabalhadores às consequências do crescimento desenfreado do capitalismo industrial. Esse movimento surgiu na Inglaterra no século XIX, chegou ao Brasil no final do século XX, mas realmente se intensificou a partir da década de 80
São exemplos de empreendimentos de economia solidária as cooperativas de reciclagem, grupos de agricultura familiar, empresas cooperativas de crédito, coletivos ecológicos, e pequenos e médios produtores de alimentos orgânicos.
De uma forma geral, o objetivo da economia solidária é incentivar o desenvolvimento da sociedade como um todo, com foco na diminuição da desigualdade econômica e social.
A economia solidária apresenta algumas vantagens, como Inclusão social, ausência da relação patrão-empregado, é um modelo de organização aberta e democrática, em que os trabalhadores têm seus interesses acomodados em qualquer atividade, além da preservação dos valores culturais, de solidariedade, cooperação, direitos humanos e democracia, visto que é a população que faz funcionar.
Com o objetivo de diminuir a desigualdade social, a economia solidária é importante para sugerir maneiras das empresas, sejam de pequeno, médio ou grande porte, a valorizarem a sociedade, a justiça social, a sustentabilidade e a solidariedade.
A economia solidária é uma alternativa inovadora na geração de trabalho e na inclusão social, na forma de uma corrente do bem que integra quem produz, quem vende, quem troca e quem compra. Seus princípios são autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, comércio justo e consumo solidário.
Só pode ser concretizada se houver plena igualdade entre todos que se unem para produzir, consumir, comerciar ou trocar. Pensando nisso, a Economia Solidária visa à união entre iguais em vez do contrato entre os desiguais.
Há muitas formas de ajudar e ser solidário. Mostre-se disponível, sobretudo para ouvir e compreender. Tente colocar-se na posição de pessoas ou causas identificadas como mais prementes. Compreenda melhor a sua realidade e perceba de que forma poderá ser útil. Observamos mudanças climáticas e ecológicas, crises financeiras e econômicas. Vemos também fome e doenças infecciosas, depressão e ansiedade, relações tóxicas, terrorismo e guerras. É exatamente nesses momentos que mais precisamos da solidariedade.
Trata-se de uma qualidade que está relacionada à bondade, à empatia e ao amor. Ser solidário é, também, ser amigo e empático, permitindo-se sentir a dor do outro para, em seguida, buscar ajudá-lo de alguma maneira.
Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em Administração, professor da Fatec Sertãozinho e da Unip Ribeirão Preto.