Falando de Economia com Beto Bellini - Adeus ano velho, feliz ano novo!
Chegamos ao nosso último encontro do ano de 2023.
Muitos assuntos foram abordados durante as edições semanais. E, então, como foi o seu ano?
Você se lembra de todas as resoluções para o ano novo durante as festas de dezembro passado? Quantas você cumpriu? Quantas foram esquecidas?
É claro que isso não interessa, agora. O importante é olhar em frente e construir um ano realmente novo.
Ano termina, ano começa e as pessoas se jogam nas listinhas (ou listonas) de resoluções para os próximos 365 dias: coisas a mudar, coisas a fazer, coisas a parar de fazer, coisas possíveis e impossíveis. Boa parte delas improvável: nem precisa de ciência para saber que não colocaremos em prática vários dos itens que entram na seleção de “novidades” para o novo ano. Alguns, seja lá qual for a desculpa, ficam para o próximo; outros, nunca saem do “quem sabe um dia!”. Por curiosidade, transcrevo o resultado de uma pesquisa sobre as mais comuns que encontrei no site da Editora Abril:
1. Perder peso (1.470 votos) 2. Comer, beber, aprender ou tentar algo novo (999 votos) 3. Guardar dinheiro (909 votos) 4. Ser feliz (890 votos) 5. Definir uma meta atlética acessível, tipo correr 5 ou 10 km (822 votos) 6. Se apaixonar (695 votos) 7. Tirar fotos em todos os dias do ano (659 votos) 8. Arranjar um emprego (652 votos) 9. Ler mais (620 votos) 10. Parar de fumar (452 pessoas)
E você? Qual é a sua ideia para que 2023 seja diferente?
É claro que aqueles que já estão planejando há tempos levam imensa vantagem sobre os mais desorganizados. Quem assumiu o controle de sua vida no aspecto financeiro e conseguiu zerar suas dívidas e até guardar algum dinheiro terá um janeiro mais tranquilo, mesmo com todas as novidades que vêm por aí. Mas nem tudo está perdido. Ainda é tempo de começar.
Acredito que a resposta esteja contida em uma frase que li em algum lugar: “um objetivo sem um plano não é mais que um desejo”.
A frase ficou comigo, pois resume quase poeticamente a essência da nossa capacidade de dirigir o próprio futuro: a possibilidade de nosso cérebro identificar uma vontade (algo cuja simples antecipação nos dá prazer desde já e, portanto, motivação suficiente para seguir adiante), transformá-la em objetivo (uma meta a ser alcançada) e tecer uma estratégia para chegar lá (uma sequência de passos a serem seguidos para atingir o horizonte). Sem desejo não há objetivo; sem meta não há plano; e, sem um plano, só se chega ao objetivo por acaso, se tanto.
Deixo meus sinceros votos de que seu ano seja muito feliz. Que você consiga alcançar seus desejos mais secretos. Tenha sucesso em seu trabalho, uma grande paixão na sua vida sentimental, vitórias esportivas, conquistas. Mas, principalmente, que você seja muito feliz junto aos seus familiares e amigos. Que, na sua casa, reine muita paz e amor.
Que você não precise vender sua dignidade para alcançar seus objetivos. Que você faça valer sua vontade, assumindo os riscos e as vantagens de seus atos.
Desejo, profundamente, que possamos contribuir para um mundo melhor, sem tanta falsidade, mentiras, rancor, maldade e corrupção.
Viva a vida intensamente. Um ano fantástico para todos nós.
Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em administração, professor da Fatec/STZ e da Unip/RP.