Homem que esperava vaga no CTI morre e familiares acusam poder público de negligência. “Foi assassinato”.

A família do Sr. Marcos fez apelos por ajuda durante a semana. Chegou a fazer protestos na porta da UPA de Sertãozinho.

O paciente tinha um quadro de cirrose hepática e hepatite A, e precisava de remédios que estão em falta na unidade. Diante disso, os parentes pediam que alguém ajudasse a resolver a situação, já que não havia tempo de esperar pelos medicamentos.

"Faz quatro dias que eu internei meu marido na UPA de Sertãozinho, domingo. Faz quatro dias que ele tá aqui internado, esperando uma vaga no hospital. Ele tá com hepatite A e cirrose hepática, e não tem os remédios. E eles falaram pra nós hoje que não tem vaga. Se nós não arrumarmos vagas, ele vai morrer, aqui na UPA. Falou que tava bom e não tava nada."

O homem não conseguiu transferência para o Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto. Chegou ser levado à Santa Casa, mas não resistiu. A família acusa o sistema público de negligência.

A secretária de Saúde, Soraia Stella, deu a versão da prefeitura sobre o assunto. “O paciente chegou intubado, em estado muito grave. Os médicos da Santa Casa fizeram tudo que podiam. O paciente deu entrada na Santa Casa sem nenhum acompanhante, não conseguiram localizar a família, houve uma demora no contato. Desta maneira, o paciente foi retirado do leito para que outro paciente em estado grave pudesse receber o atendimento.”