Beto Bellini
Hoje em dia, muitas pessoas convivem com dívidas no cartão de crédito, com dificuldade para quitá-las, o que aumenta o saldo devedor mensalmente.
Para começar: se você está com muitas dívidas em vários cartões de crédito, não faça mais dívidas. Procure quitar essas que você já tem, comece a cortar os gastos desnecessários em casa, como lanches e refeições fora de casa, TV a cabo, economize no telefone celular e residencial, compre somente o necessário e sempre à vista. Nunca pague somente o mínimo do seu cartão. Isso só aumenta seu endividamento.
Economizando em casa, sobrará dinheiro para você quitar as dívidas dos seus cartões de créditos. Se possível, faça um acordo com seu banco, estabilize a sua conta e pague parcelas fixas de um financiamento pessoal, muito mais barato.
Mude a maneira com que você encara suas finanças. Calcule o quanto de dinheiro você faz em uma hora e pense em quanto tempo você levou para pagar aquela conta atrasada. Pense em todos estes fatores antes de fazer uma nova conta.
Mas não se iluda. Não é por que você quitou todas as suas contas que você pode fazer contas novamente. Lembre-se de quanto foi difícil chegar aonde você chegou para ter que passar por tudo isso novamente.
Nos tempos de hoje, com a tecnologia sempre avançando, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos e outras novidades sempre estão nos entusiasmando para gastar mais e mais. Manter o controle é uma tarefa complicada. E, com toda essa evolução, fica cada vez mais difícil poupar dinheiro e também se livrar das dívidas.
Tente não começar novas dívidas. Este é o primeiro passo a se tomar. Procure dar sempre preferência a pagamentos à vista. Gaste somente o que você pode pagar.
Tenha sempre em mente: você deve sempre gastar menos do que ganha. Quando as dívidas estiverem totalmente liquidadas, separe 60% de seu salário para despesas e emergências.
Crie uma planilha em seu computador ou separe um caderno, bloquinho em que nele estejam descritas todas as suas contas e pendências mensais. Esta medida obriga você a saber quanto é seu custo mensal e a comparação com a renda. Anote todas as contas, especificando todos os itens como pagamentos mensais, taxas de juros, despesas eventuais. Mantenha estas anotações sempre atualizadas, conforme as contas forem quitadas, pois, além desta medida permitir que você tenha um controle sobre as contas, acaba fazendo com que você tenha uma visão mais ampla sobre o seu progresso.
Use apenas um cartão de crédito, de preferência um que tenha um limite baixo. O mais indicado é você cortar ou esquecer o cartão de credito. Em caso de uso, pague sempre à vista sua fatura.
Crie uma poupança e use-a somente para emergências, como doenças, acidentes e outras. No caso de você receber um dinheiro extra como restituição do IRPF ou um serviço extra, use-o nesta reserva de emergência. Não gaste sua poupança pagando dívidas.
Ainda no caso de gastos desnecessários, procure diversões gratuitas, como visitar parques, exposições, casas de amigos. Antes de fazer qualquer gasto, pense se você precisa realmente disso. Pense se você precisa realmente daquela marca ou daquele modelo mais caro.
Se for muito difícil para você se desfazer de coisas supérfluas, faça um orçamento destes itens e veja o quanto você poderia estar economizando mensalmente sem estes gastos e quais dívidas você poderia estar quitando.
Prof. Gilberto C. O. Bellini (Beto), mestre em Administração, professor da Fatec/Stz e da Unip/RP, membro da ASEL - Academia Sertanezina de Letras.