INDÚSTRIA - CEISE Br e GERHAI realizam VI Simpósio Trabalhista Sindical

12/04/2016

Aconteceu na manhã de hoje, o VI Simpósio Trabalhista Sindical – CEISE Br e GERHAI, no auditório do Centro Empresarial Zanini, em Sertãozinho (SP). A programação foi iniciada com os presidentes do CEISE Br, Paulo Gallo, e do SIFAEG e do Fórum Sucroenergético, André Rocha, que apresentaram um  breve histórico da crise na cadeia sucroenergética, de 2008 a 2015.  

 

Segundo Gallo, dados da CNI apontam que, de janeiro de 2009 a dezembro de 2015, o indicador de emprego e distribuição de renda retraiu 6,5% real, já descontada a inflação.  “Somente entre São Paulo e Minas Gerais, apenas em 2015, tivemos o fechamento de 8 mil indústrias. Fechar esse número de indústrias num país como o Brasil é muito trágico”, enfatizou ele.

 

O presidente do CEISE Br também comentou sobre a situação dos municípios Sertãozinho e Piracicaba. O primeiro perdeu, de janeiro de 2014 a dezembro de 2015, 5.963 postos de trabalho, enquanto que o segundo, no mesmo período, perdeu 7.171 empregos. “As duas cidades, juntas, representaram quase 1,5% do desemprego no Brasil”, destacou.

 

Gallo ainda demonstrou preocupação quanto ao patrimônio do setor. Segundo ele, foram 60 anos construindo este legado que agora está se perdendo a uma velocidade espantosa. Para ele, esta perda impacta também na concorrência com empresas indianas e chinesas – embora não superem a tecnologia brasileira, mas “vendem”, por exemplo, financiamentos facilitados –, vantagem contra o custo Brasil.

 

Na opinião do presidente do Fórum Sucroenergético, 2016 ainda será um ano difícil, em qualquer cenário. Para ele, “o setor de energia e combustíveis só cresce se o país cresce. E, para o país crescer, é necessário que sejam feitas reformas estruturais, como na previdência e trabalhistas, mas hoje o governo, infelizmente, não tem apoio político para tocar essas reformas”, ponderou Rocha.

 

Tratando de questões mais técnicas, o advogado e assessor jurídico do CEISE Br, João Reis; o advogado e negociador sindical, Fernando Carnavan; e o advogado da usina Santa Vitória (MG), Ricardo Firmino, apresentaram as propensões, impactos e alternativas nas negociações coletivas em 2016.

 

Já Ricardo Pinto, CEO da RPA Consultoria; Fabio Luiz Pereira da Silva, advogado do Pereira Advogados & Associados; e Mauro Garcia, gerente de recursos humanos da Usina Ibéria, comentaram sobre a tendência de crescimento da jornada de trabalho diferenciada no setor sucroenergético (dois turnos de 10 horas) e seus aspectos legais. (Assessoria de Comunicação CEISE Br)