Mais do mesmo
"O pulso ainda pulsa
Peste bubônica, câncer, pneumonia.
Raiva, rubéola, tuberculose,
anemia.
Rancor, cisticercose, caxumba,
difteria.
Encefalite, faringite, gripe, leucemia.
O pulso ainda pulsa!
O pulso ainda pulsa!
Hepatite, escarlatina, estupidez,
paralisia.
Toxoplasmose, sarampo,
esquizofrenia.
Úlcera, trombose, coqueluche,
hipocondria.
Sífilis, ciúmes, asma, cleptomania.
O corpo ainda é pouco….
O corpo ainda é pouco….
Assim.
Reumatismo, raquitismo, cistite,
disritmia.
Hérnia, pediculose, tétano,
hipocrisia.
Brucelose, febre tifóide,
arteriosclerose, miopia.
Catapora, culpa, cárie, câimbra,
lepra, afasia.
O pulso ainda pulsa!
E o corpo ainda é pouco….
Ainda pulsa! Ainda é pouco…"
Usamos essa música dos “Titãs” para ver se conseguimos expressar a atual situação. Nossa impressão é de que Putin, Biden e Ucrânia curaram todos os males e doenças do mundo. Uau! Muito poder, não acham? Nunca duvidamos da importância de nos mantermos informados sobre uma das atuais guerras. Por favor, não entendam mal. Mas e TODO o resto?
Já pensaram que estamos sendo privados, ou talvez até manipulados, por não termos mais informações de outros assuntos, alguns tão importantes quanto. Já pensaram que milhões de informações (algumas até ramificações da guerra mais comentada e que nos fariam entender melhor). Quantidades imensas de acontecimentos nos são omitidas por “falta de tempo” ou por conveniência. Não podemos parar de pensar o mundo, o Brasil e a nossa cidade. Antecipar racionalmente o que poderíamos fazer dado qualquer resultado dessa guerra sem nos esquecermos da pandemia, do que nossos filhos estão vendo e participando, dos atos e consequências do nosso governo.
Devemos estar a par dos acontecimentos na Ucrânia, ajudar como puder, mas não esquecer de que os trens usados para tirar as pessoas da Ucrânia estão sendo “vigiados” por racistas. Sim, negro não entra, e, se o faz, como um famoso jogador, tem que pagar muito. Isso mesmo!
Ucranianos sendo massacrados e racistas ao mesmo tempo. Como entender? Creio que não admitiriam, diriam que não há distinção de cor, seriam “todos verdes, mas só teriam passe os verdes claros”. Assistimos a vários jornais, seguidos de redes sociais e não estamos a par de informações cruciais.
Temos que pensar, relacionar fatos, tentar entender porque tudo está assim! Qual a porcentagem de tempo nos jornais dedicada a essa guerra (pois várias outras estão acontecendo, de menor porte) e qual a porcentagem nos jornais dedicadas a outras informações, completamente relevantes?
Seria conveniente? E a quem?
Prof. Egydio Neves Neto
Profa. Renata Neres