METALÚRGICA - Após demitir 140 funcionários sem pagar nenhum direito, Fuzitec entra na mira da Justiça.
Fernando Laurenti
O departamento jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho e Região foi informado que uma empresa havia conseguido na Justiça um mandado de busca e apreensão e que estava vindo à cidade para retirar equipamentos na Fuzitec.
Imediatamente, diretores do Sindicato foram para a porta da empresa junto com funcionários demitidos. O presidente do Sindicato, Samuel Marqueti, foi com os advogados do Sindicato falar com o juiz no Fórum de Sertãozinho para pedir a cassação da liminar.
“Informamos ao juiz que os equipamentos que estão na empresa são a garantia do pagamento dos trabalhadores que foram demitidos em 2014 e que saíram da Fuzitec sem receber nenhum centavo. Graças a Deus o juiz entendeu a situação e suspendeu a liminar que a Eletro Nuclear, ligada à Eletrobrás, trouxe para Sertãozinho”, esclarece o presidente.
A realidade apresentada pelos advogados do Sindicato possibilitou ao juiz um prazo para analisar a situação da empresa e dos funcionários. E, segundo os advogados, “as ações individuais dos demitidos continuam na Justiça do Trabalho. E esses bens que seriam levados pela Eletro Nuclear garantem o pagamento dos demitidos”.
O momento é assustador para os trabalhadores que ainda estão empregados e um caminho sem perspectivas para os que foram demitidos, ainda mais se tratando de demissões em massa que acabam acarretando no não pagamento dos acertos. Isso provoca uma instabilidade geral, não só na indústria, o comércio é afetado diretamente com queda nas vendas e aumento da inadimplência.
A Indústria registrou 27,5 mil demissões no mês de junho, é o maior índice desde 2005. O setor mais afetado é o automobilístico. (Fonte: Assessoria Imprensa do Sindicato)