Mulher, a força do mundo
Já ouviu falar de alguma guerra iniciada e liderada por uma mulher? Eu nunca soube. Até pesquisei para ter certeza e tive a confirmação de que, nas histórias de guerras pelo mundo, nunca foram as mulheres a darem o pontapé inicial às batalhas. Claro que muitas acabaram participando dos atos após o começo, atuando como espiãs, enfermeiras e até motoristas, para ajudar familiares e a própria nação. Entretanto, sempre foram os homens que tomaram tal iniciativa, covarde, no meu ponto de vista.
Já ouviu falar ou presenciou uma mulher pilotar um avião? Eu já. E mais: fui passageira num voo internacional pilotado por uma mulher e posso dizer que foi uma experiência ótima. Um voo tranquilo, seguro e que me fez sentir orgulho de ser mulher e de saber que muitas estão provando, a alguns homens que não acreditam no potencial das mulheres, que elas podem, sim, ser o quiserem, trabalhar com o que desejarem e fazer a diferença de forma positiva onde quer que estejam. Para isso, basta vontade, coragem e, claro, estudo e qualificação profissional.
Aproveitando o gancho da citação acima, certa vez li uma notícia que me deixou impressionada em relação a como alguns homens menosprezam a capacidade das mulheres. De acordo com a nota jornalística, um homem desceu do avião antes de o mesmo decolar, ao saber que a aeronave seria pilotada por uma mulher. O fato aconteceu em São Paulo não muito tempo atrás.
Na ocasião, pensei comigo: quanta ignorância! Quem perdeu foi ele, que deixou de ir ao destino que gostaria, por julgar a capacidade de um ser humano baseado no sexo. Se ela estava ali, com certeza tinha e tem habilidade para tal, fez cursos e passou em incontáveis avaliações para ocupar o cargo.
Infelizmente, vez ou outra ficamos sabendo de casos de desrespeito a algumas mulheres no exercício de suas profissões, pelo simples fato de taxarem-nas como não capacitadas para assumirem tais funções, que “seriam coisas de homem”, no linguajar de alguns. Quanta insensatez!
Assim como os homens, mulheres são seres humanos que podem pilotar aviões, dirigir ônibus, caminhões; ser jardineiras, encanadoras, carpinteiras; exercer cargos de chefia, bem como
cargos políticos, liderar nações, entre muitas outras funções. Basta vontade e qualificações profissionais, que estão aí aos montes para quem deseja aprender.
As mulheres, que eram – ou ainda são na opinião de alguns – consideradas como o sexo frágil e até rotuladas como incapazes de exercer funções consideradas exclusivas de homens, já galgaram muitos degraus e, ainda bem, hoje ocupam posições que antes eram delegadas somente a pessoas do sexo masculino.
Ao longo dos anos, já alcançamos muitas vitórias, claro, mas, de vez em quando, ainda temos que botar a boca no trombone para nos fazermos ser ouvidas e respeitadas. Tudo com conversa e ética, porque as mulheres, por mais que de vez em quando façam ecoar uns gritos aqui, outros acolá (em momentos de tensão), possuem o bom senso para tentar resolver problemas e até injustiças, sem precisar de força física.
Com as mulheres, as guerras são de palavras, que formam diálogos, viram reuniões e, quem sabe, até assembleias, para tentarem chegar a um denominador comum no assunto em questão, mas nada que tenha que derramar sangue, destruir cidades, países, ceifar vidas, abater hospitais e/ou dilapidar famílias.
Parabéns a todas mulheres por serem a força propulsora do mundo!
Por: Tatiane Cristina Pereira Guidoni Gimenez
Jornalista – MTB: 47.966