NEGOCIAÇÃO - Mercado imobiliário: especialista mostra como é possível vender apesar da crise

31/08/2015

Lena Aguilar

 

Nos últimos três anos, a situação do cenário imobiliário de Sertãozinho era estável: preço do aluguel, venda de casa e terrenos eram bem valorizados. Mas, neste período de instabilidade econômica, encontram-se diferentes opções de negociações. Para quem atua neste setor deve ficar atento às dicas e conselhos sobre como aproveitar oportunidades na hora de vender, alugar e até comprar um imóvel.

Nota-se, que há um número expressivo de placas vende e aluga. Sendo que, no Centro da cidade, em menos de 100 metros, encontram-se duas placas de aluga-se em estabelecimentos comerciais. Esta demanda é nítida pelos quatro cantos do município.  Com o aumento de oferta e economia em baixa, quem comprou para investir deve ter rendimento frustrado.

De acordo com o dono de imobiliária, Samuel Castro, este cenário vem ocorrendo desde 2012 e a previsão de melhora é para meados de 2017.

“Em Sertãozinho a situação nas operações de compra e venda ocorre uma redução de 20% a 30%, e para locação há uma queda de 10%”, confirma Samuel, que destaca a flexibilidade nas negociações na hora em que o proprietário for alugar um imóvel.

O advogado Leonardo Meira disse que perdeu oportunidade de negociação por ter mantido o preço alto.

“Cometi um erro no ano passado: não abaixei o preço na hora que fui procurado para alugar minhas salas comerciais. Pensei que a crise era momentânea, mas vejo que esta crise econômica está bem crítica. Agora, se eu for procurado novamente, vou negociar melhor”.

O Sindicato do Setor Imobiliário (SECOVI) aponta que este é o segundo mês seguido em que o ajuste dos novos aluguéis em um período de 12 meses é negativo - junho apresentou queda de 1%, a primeira desde 2005, quando teve início a série de dados na capital.

As vantagens entre comprar ou alugar um imóvel

A especialista em Negócios Imobiliários, Daniele Akamine, esclarece as vantagens em fechar mais negócios e mais rápido com as novidades de financiamento realizadas pelos Bancos.

 “Existem, mesmo nos momentos mais delicados, situações e oportunidades que o corretor de imóveis deve aproveitar. E essa é uma oportunidade de mostrar a eles que existem alternativas de crédito e fortalecimento em parceria com os Bancos”, afirma Daniele, com as recentes mudanças no crédito de financiamento, principalmente as efetuadas pela Caixa Econômica Federal, o setor busca alternativas melhores. 

Como muitos empreendimentos foram entregues no primeiro semestre, a economia está desacelerando, quem comprou um imóvel para investir está alugando por um valor mais baixo do que o planejado.

Os novos contratos também ficam bem abaixo do IGP-M, índice de inflação usado em 95% dos ajustes de aluguel (6,97% em julho).

“Quanto maior a distância entre IGP-M e novos aluguéis, mais barato fica alugar um imóvel. Ou seja, alugar pode estar valendo mais a pena que comprar um imóvel”, conclui o professor de Administração, Gilberto Bellini, em análise econômica do setor imobiliário.