NOVIDADE - Teste do pezinho passa a valer para tirar RG com tipo sanguíneo

Da Redação

O Programa Poupatempo do governo do Estado de São Paulo informa que o teste do pezinho (Teste de Guthrie) também passa a ser aceito como documento para incluir o tipo sanguíneo no RG de crianças de até dez anos.

A informação sobre o tipo do sangue na Carteira de Identidade passou a valer em junho. Inicialmente, eram aceitos apenas laudos oficiais de laboratórios com data de até dez anos ou carteira oficial de doador.

Agora, por determinação do Instituto de Identificação de São Paulo (IIRGD), os postos Poupatempo passam a aceitar também o teste do pezinho.

O teste é um exame laboratorial simples feito para detectar doenças congênitas, relacionadas a distúrbios do metabolismo e infecções no recém-nascido. Como o exame não identifica a criança pelo nome, pois é feito na sala de parto, o número do registro de nascido vivo da criança precisa constar na Certidão de Nascimento. Também é necessária a assinatura e o carimbo de médico (biomédico, pediatra ou obstetra).

A inclusão do tipo sanguíneo na Carteira de Identidade vem se mostrando especialmente importante para cidadãos com problemas de saúde, que precisam frequentemente da informação. E também por pessoas que já sofreram acidentes ou cirurgias e reconhecem a importância de uma resposta rápida à pergunta sobre o tipo sanguíneo.

Agora, pais que chegam com filhos recém-nascidos também estão passando a pedir a inclusão do tipo sanguíneo no documento dos filhos, quando são informados de que o teste do pezinho também pode ser usado como comprovante.

No Poupatempo Luz, Tatiane Mora dos Santos tirou o RG com a informação para o seu filho Isaque de mauro, de três meses. “É uma informação importante, e muitas vezes as pessoas se esquecem”, disse a mãe.

No Poupatempo São José dos Campos, um dos cidadãos que tirou o RG com a informação do tipo sanguíneo foi o adolescente Antônio dos Reis Pereira, de 14 anos. Ele sofre de uma anemia rara (falsiforme) e por isso decidiu incluir a informação no RG, pois frequentemente precisa de atendimento médico. Ele renovou o documento antes de viajar para o Ceará

No Poupatempo Itu, uma cidadã elogiou a medida ao citar o caso do seu filho hemofílico. O distúrbio genético e hereditário afeta a coagulação do sangue e exige cuidados especiais e acompanhamento médico. 
Atualmente, os 71 postos Poupatempo no Estado de São Paulo atendem a cerca de 18 mil pedidos de RGs por dia, sendo 4 mil de primeira via e cerca de 14 mil segundas vias. A média mensal este ano está em torno de 130 mil RGs. 
O percentual dos que pedem a inclusão do tipo sanguíneo no documento ainda está bem abaixo de 5% do total, segundo estimativas dos administradores. A maior parte dos cidadãos que procuram o Poupatempo desconhece a novidade e a maioria dos que pedem para incluir o tipo sanguíneo já estão com o exame de sangue em mãos ou em casa. 
A inclusão do tipo sanguíneo no RG foi anunciada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no último dia 6 de junho. "Além de aprimorar o sistema de identificação, a iniciativa pode salvar muitas vidas”, disse o governador, acrescentando que saber o tipo sanguíneo e o fator RH é muito importante para a segurança das pessoas. “Quando alguém por algum motivo precisa receber sangue com urgência, a informação no RG pode facilitar o socorro. ” 
Para incluir a informação do documento, o interessado precisa apresentar original e cópia do laudo do laboratório com data de até dez anos, informando o tipo sanguíneo e o fator RH. Também é aceita a carteira oficial de doador de sangue. 
Uma vez incluída a informação no sistema, não será mais exigida a apresentação de outro laudo em uma futura renovação de RG, mesmo passados mais de dez anos da data de expedição do último documento. 
Na ficha civil do Instituto de Identificação e no RG, o tipo sanguíneo será identificado pelos caracteres A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ ou O-. 
A inclusão da informação sobre o tipo sanguíneo no RG está prevista na Lei 12282/06, de 22 de fevereiro de 2006, assinada pelo Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin.