O dia da mentira
Essa semana, tive dificuldade para pensar num tema para escrever para você, amigo leitor. Tem dias que estamos com as ideias bem afloradas e os textos saem facilmente. Porém, em outros, a mente fica travada. Mas tudo certo. Faz parte. O que não posso, e você também, é desistir devido a alguma dificuldade encontrada no meio do caminho.
Depois de escrever o parágrafo acima, eis que veio à minha cabeça um tema que, certa vez, há alguns meses, pensei em escrever, porém, queria fazê-lo em época oportuna. Trata-se do dia da mentira, celebrado no próximo 1° de abril.
Lembro-me de quando era criança, especialmente na escola, alguns colegas virem de forma séria comentar comigo e outras amigas sobre alguma coisa fora do comum e depois de alguns segundos, falar: “1° de abril! Pegamos vocês!”. Aliviadas, seguíamos o dia e também fazíamos alguma troça com colegas e até familiares.
Eu mesma já fiz uma pegadinha com minha filha há alguns anos, quando ela tinha uns 5 ou 6 aninhos – se não me falha a memória –, como forma de descontração no referido dia e até para ensiná-la sobre a brincadeira. Na ocasião, para arrematar, ainda a incentivei a fazer o mesmo com algum colega da sala de aula.
Saindo do campo das brincadeiras que esse dia possibilita não somente às crianças, já que as pegadinhas da referida data também acontecem por meio de empresas como uma jogada de marketing, para atrair mais visibilidade, além de clientes, a mentira pode ocasionar sérios problemas para a sociedade. Um exemplo disso são os danos causados pelas fake news, que são notícias falsas ou com dados manipulados para enganar o leitor/espectador. Ainda bem que, quando provadas tais informações falsas, os malfeitores podem responder judicialmente.
Os problemas oriundos da mentira podem ser variados e cada qual saberá medir da forma como foi atingido por tal, mas podemos destacar a perda de confiança e a falta de credibilidade em face de quem o faz.
Como seres humanos passíveis de erro, acredito que não exista uma pessoa que nunca tenha mentido na vida. Porém, fazer disso um hábito ao ponto de o próprio mentiroso acreditar em suas histórias e até prejudicar outras pessoas deliberadamente, já penso ser caso de tratamento com profissionais das áreas de saúde mental, que poderão trabalhar tal fragilidade, para evitar problemas sérios no futuro.
Para encerrar, concluo esse artigo com uma frase que ouvia da minha mãe quando criança e na adolescência: “sempre me conte a verdade. Por pior que seja, é melhor uma verdade doída do que uma mentira bonita”.
Por: Tatiane Cristina Pereira Guidoni Gimenez
Jornalista – MTB: 47.966
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