O hormônio do crescimento ou GH (Growth Hormone)
É um hormônio proteico produzido na hipófise, situada na base do crânio, e está presente em todas as pessoas normais.
É indispensável durante o período de crescimento e sem ele a estatura adulta normal não pode ser alcançada.
Deficiência de GH
A deficiência deste hormônio pode causar o nanismo, um termo usado para situações de baixa estatura grave.
Manifesta-se, principalmente, a partir dos dois primeiros anos de idade, impedindo o crescimento e desenvolvimento durante a infância e a adolescência.
Já os adultos com tamanho ideal, que apresentam sintomas com aumento da gordura corporal, perda de massa magra, aumento do colesterol ou quaisquer das patologias da síndrome metabólica, podem estar expostos e deficiência do GH.
GH e seu efeito lipolítico
O hormônio se liga diretamente a receptores específicos nos tecidos-alvo, como os adipócitos (células de gordura).
Aumento da utilização de gordura pelas células para produção de energia – ocorre, também, uma maior mobilização de ácidos graxos dos tecidos adiposos para que os mesmos sejam utilizados pelas células.
Uma consequência disso é a redução dos depósitos de gordura nos tecidos adiposos.
Dessa forma, o hormônio reduz a quantidade de glicose e de proteína que é usada para geração de energia e faz com que seu corpo passe a queimar mais gordura, além de evitar a perda de tecido muscular (catabolismo).
GH e seu efeito anabólico muscular
O GH atua no fígado, estimulando a liberação de IGF-1 (Insulin-like Growth Factor-1), um fator de crescimento que também pode ser liberado por outros tecidos em respostas ao hormônio do crescimento.
O IGF-1 é fundamental para o crescimento muscular, pois estimula tanto a diferenciação como a proliferação dos mioblastos, as células precursoras das fibras musculares.
Também estimula a captação de aminoácidos e a síntese de proteínas nos músculos e outros tecidos.
GH e seu efeito poupador de glicogênio
As fibras musculares dependem de glicose para realizar suas contrações durante os treinos de resistência.
Estocada na forma de glicogênio nos músculos e no fígado, essa glicose não é suficiente para fornecer energia para o corpo durante todo o treino, quando o ritmo do treinamento é intenso e frequente, o que resulta em fadiga e catabolismo muscular.
A utilização da gordura como fonte de energia ajuda a poupar os estoques de glicogênio, minimizando os efeitos do catabolismo e garantindo mais energia para as contrações musculares.
Colaterais
- Formigamentos
- Dor nos músculos
- Dor nas articulações
- Retenção de líquidos
- Síndrome do túnel do carpo
- Aumento dos níveis de colesterol
- Aumento da resistência à insulina
GH x Câncer
Estudos in vitro e em animais sugerem que os membros do sistema IGF promovem a progressão do ciclo celular e inibem a morte celular, interagindo com outros sistemas moleculares intracelulares envolvidos na promoção e/ou progressão do câncer.
Além disse, inúmeros estudos epidemiológicos têm sugerido que o aumento das concentrações circulantes de IGFs podem estar associados ao risco aumentado de desenvolvimento de determinadas neoplasias.
Relatos de que leucemia é mais frequentes nos pacientes tratados com GH não foram confirmados.
Existem evidências claras de que o tratamento com o GH deve ser visto com cautela nos pacientes de risco, como os que apresentam fragilidade cromossômica, cromossomopatia, síndromes genéticas.
O tratamento com GH não parece aumentar a recorrência do tumor de base desde que este tenha sido adequadamente tratado.
Uma pequena porcentagem (3%) dos pacientes com câncer tem probabilidade de desenvolver uma segunda neoplasia, e os pacientes com leucemia e linfoma têm um risco discretamente aumentado de desenvolver tumores sólidos.
Busque um médico para que ele lhe oriente da melhor maneira possível.