Os Césares
Desde sempre, a humanidade se pergunta por que há guerras neste mundo. Evidentemente, existem várias respostas, como a do próprio Freud, que nos ensina que o ser humano é violento por natureza e que, de tempos em tempos, ele precisa colocar essa agressividade para fora.
Infelizmente, a história humana corrobora essa visão pessimista, pois não há um só instante em que não haja guerra, e, como sabemos, de tempos em tempos aparece um César (algum homem metido a imperador), que deseja mandar no mundo mesmo que o mundo ao qual ele se refere seja, para nós do século XXI, algo muito pequeno. Como, por exemplo, Sargão, tentando governar a Suméria. Também sabemos que alguns povos têm características intrínsecas que os levam a desejar o expansionismo territorial do seu país, assim como os russos, que, desde 1.400, sempre quiseram expandir seus domínios.
As guerras também são causadas pelo desejo de um A querer dominar as tecnologias mais avançadas do povo B. Nesse caso, podemos citar a que primeira guerra que existiu. Teria sido a guerra do fogo, ou seja, a tentativa de uma tribo de dominar a outra para descobrir como fazer fogo.
Desta maneira, vamos entendendo que, nem sempre, as guerras são estúpidas ou irracionais (ainda que isso possa ocorrer). Ao estudarmos a Primeira e a Segunda Grande Guerra, descobrimos que a Alemanha, que cobiçava a Europa como mercado consumidor e depois todo o planeta, causou as já referidas guerras. Nessa perspectiva, a Segunda Guerra é mais a tentativa da Alemanha de conquistar mercados do que a falada maldade de Hitler. Como sabemos, após perder as duas guerras militares, a Alemanha partiu para uma outra ideia de dominação: a dominação econômica, o que muitas pessoas ingênuas chamam de União Europeia. Talvez por isso os britânicos tenham saído da União Europeia.
Ainda que seja uma temeridade o que vamos escrever, e é possível que esteja errado, vamos insistir na nossa tese, pois, como se sabe, é o resultado de vários anos de estudo.
Temos, há milênios, uma disputa entre Ocidente e Oriente pelo controle da economia e dos oceanos (rotas de comércio). Desta forma, quando os ocidentais controlam os mares, o Oriente vê-se em decadência. O oposto também é verdade. Quando os árabes dominaram o mar mediterrâneo, a Europa conheceu o seu período chamado Idade Média, até que genoveses e venezianos retomaram o Mar Mediterrâneo, jogando os orientais no atraso tecnológico. Portanto os mares, por mais louco que possa parecer, sempre tiveram donos:
- Gregos
- Romanos
- Árabes
- Italianos
- Portugueses
- Espanhóis
- Holandeses
- Ingleses
- E, finalmente, os norte-americanos.
Esses últimos, ao que parece, estão sendo questionados neste exato momento pelos japoneses, chineses e russos. Desta feita, podemos entender a guerra da Ucrânia como uma guerra que questiona se os EUA têm poderio tecnológico para se manterem no poder.
Mais do que os russos, os chineses são os maiores questionadores dessa capacidade tecnológica. E já avisaram: devem controlar a economia cibernética do mundo a partir de 2030.
Portanto, temos ainda alguns tipos de guerra para assistir, infelizmente.
Prof. Egydio Neves Neto
Profa. Renata Neres