“Os Três Porquinhos e o Lobo”

É com muito orgulho que a Mídia Produções Artísticas apresenta sua mais nova montagem, “Os Três Porquinhos e o Lobo”, um espetáculo calcado no trabalho de ator e no lirismo musical. Apostando na magia e no poder do teatro como uma ferramenta pedagógica importantíssima no processo de ensino/aprendizagem, a peça foi pensada para atuar como um divertido e lúdico aliado aos educadores e tutores na missão de transmitir profundas mensagens.

A obra “Os Três Porquinhos e o Lobo”, que nasceu na Inglaterra e faz parte do Folclore deste país, é muito conhecida pelo alto caráter pedagógico, motivo pelo qual a Cia. optou em pesquisá-la e transformá-la em uma peça teatral. Desta forma, o diretor e dramaturgo Marcio Muniz, que possui vários prêmios na carreira, tem como proposta neste trabalho explorar ao máximo o enorme potencial educador da obra.

O mote principal do espetáculo é a importância e a exaltação do livro, instigando ao pequeno espectador o interesse e o prazer pela leitura e pelo ato de escrever. A peça fala da importância de se construir casas “internas” resistentes, já que nosso corpo e nossa mente também são como casas em que residimos... Então, nada mais justo do que construir essas casas fortes como tijolos, incentivando a cuidar do nosso corpo e nossa mente, através de exercícios, boa alimentação e estimulando o cérebro por meio da criatividade e a busca continua de conhecimento.

O enredo do espetáculo ressalta o valor da dedicação aos estudos e do trabalho em nossas vidas. Que o esforço, a dedicação e até certa dose de sacrifício são sempre recompensadores. Todos sabem da necessidade do “brincar” no desenvolvimento da criança, mas esta obra também nos atenta para algo fundamental, que é o desenvolvimento de atributos como a disciplina, o estudo, a dedicação e a noção de responsabilidades. Uma criança que cresce alheia a estes valores, mais tarde se tornará um adulto com sérias deficiências no que se refere ao engajamento social e ao ingressar no cada vez mais competitivo mercado de trabalho.

O espetáculo traz embutidas na trama, de forma lúdica, cenas que estimulam o raciocínio matemático, noções de alfabetização, de vocabulário, questões ecológico-ambientais e, por fim, conceitos morais, como respeito aos pais, professores e amigos, bem como a inclusão e a convivência saudável com as diferenças, evitando desde já as violências geradas através do bullying e outras formas de preconceito. “Os Três Porquinhos e o Lobo” é, portanto, um espetáculo ideal para aqueles pais e educadores mais críticos, que acreditam que o teatro e a arte devam desempenhar.

Justificativa e objetivos

É sabido por muitos educadores o quão importante é a incorporação da arte, em suas diversas nuances, nos processos de ensino-aprendizagem. Desta maneira, o teatro apresenta-se como ferramenta bastante significativa para um mais qualitativo desdobramento da criatividade, oratória, sensibilidade e desenvolvimento integral dos alunos enquanto sujeitos ativos e reflexivos de nossa sociedade.

Assim, o espetáculo “Os Três Porquinhos e o Lobo”, com uma proposta pedagógica, pretende auxiliar o professor no desenvolvimento de atividades que contemplem o lúdico no processo de aprendizagem e permitam que as crianças reforcem suas qualidades, desenvolvam novos conhecimentos e passem a questionar também, por si próprias, conceitos, valores, posturas e ações, quesitos estes bastante discutidos na obra de Joseph Jacobs, bem como a importância da responsabilidade, do planejamento e organização para uma vida mais plena e feliz, que é a mensagem base desta história milenar e também na adaptação de Marcio Muniz.

Trabalhar neste projeto é acreditar que a arte pode ser transformadora e capaz de auxiliar de maneira bela e poderosa os processos de ensino-aprendizagem como um todo. Dizer isso significa dar sentido ao projeto teatro-escola, dar significação a este processo, cuidar de suas minúcias, incorporar estudo ao lazer, transformar magia em prática de conhecimento, teatro em atividade de estudo.

Fundamentação

Para a Teoria Histórico-Cultural, o aluno só se desenvolve se aprende. Neste sentido, é preciso apropriar-se dos resultados da história para criar sua própria individualidade. Para tanto, o aluno precisa, pois, realizar uma atividade em que se reproduzam os traços essenciais acumulados no cerne do conto. Assim, o ato educativo produz, nos indivíduos singulares, a humanidade. O trabalho educativo alcança sua finalidade quando cada indivíduo singular se apropria dos elementos culturais necessários à sua formação como ser humano, a sua humanização.

O teatro, é assim, uma atividade para o pensamento. É janela que abre conhecimento, discernimento e criatividade; por ele, exercitamos pensamento, consciência e linguagem. Precisamos formar alunos críticos, exigentes, que duvidem, que desejem extrapolar o senso comum, pilotar seus destinos, desbravar histórias, formando outras, criando seus próprios personagens e causos, desenvolvendo sua oratória, sua sensibilidade artística. Para tudo isso, e por tudo isso, o teatro na escola torna-se ferramenta indispensável para os colégios e professores que acreditam no lúdico, no artístico, na potencialidade criativa e inteligente de seus estudantes.

A proposta é levar entretenimento através do lúdico, transmitindo mensagens de união, amizade, solidariedade, responsabilidade, organização e cooperação, partindo de uma fábula já bastante conhecida pelas crianças.

Principais pontos abordados no espetáculo e que podem ser trabalhados em sala de aula.

• Desenvolver hábito da escrita e da leitura, bem como o gosto pela literatura – interpretação de textos e formação de palavras;
• Conhecer diferentes formas de linguagens: oral, escrita, auditiva e imagética;
• Introduzir na história conceitos das áreas de exatas, como operações matemáticas, raciocínios lógicos e sequência temporal;
• Introduzir na dramaturgia conceitos morais e sociológicos como trabalho, estudo, disciplina, respeito à diversidade, a aceitação, o autoconhecimento;
• Preocupações ecológicas, cuidados com o meio ambiente e noções básicas de sustentabilidade;
• Mecanismos de dramaturgia que estimulam a sensibilidade, a curiosidade, a imaginação e a vocação artística;
• Desenvolver desde já nos pequeninos o pensamento crítico.

Sinopse

Nesta adaptação, Márcio Muniz teve a preocupação de desmistificar alguns signos e símbolos frequentes no teatro infantil, o conflito entre o “bem” e o ”mal” por exemplo, que, na maioria das vezes, vem carregado de “lição de moral”, têm uma abordagem bem-humorada e participativa, com mensagens importantes, levando a criança ao raciocínio próprio, fazendo com que consigam alcançar uma visão crítica do espetáculo. Toda a trama é contextualizada e se desenvolve com muito humor, música e fantasia, sem desprezar a inteligência do” pequeno” espectador, que se envolve do início ao fim do espetáculo.

Proposta de encenação

O espetáculo, como todos que contam uma grande e permanente história, é para todas as idades. Porém, tendo como público-alvo as crianças, a encenação, figurinos, sonoplastia e luz do espetáculo privilegiam o universo infantil, de modo a destacar ferramentas que realçam a importância do lúdico no processo de aprendizagem.