Otimismo e reconhecimento do setor sucroenergético marcam abertura oficial da 26ª FENASUCRO & AGROCANA
A abertura oficial da 26ª FENASUCRO & AGROCANA (maior feira mundial do setor sucroenergético que aconteceu de 21 a 24 de agosto em Sertãozinho-SP) foi realizada durante a 7ª Conferência DATAGRO & CEISE-Br, em meio a muitas projeções e números que demonstram a retomada do otimismo para a cadeia sucroenergética brasileira.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Ronaldo Fonseca de Souza, esteve presente representando o presidente Michel Temer. "Por reconhecer a importância do setor sucroenergético e da feira, vitrine para o segmento, o presidente fez questão que fosse representado. O Brasil possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e precisa explorar a sustentabilidade energética. E a feira reúne elementos que impulsionam toda esta cadeia", afirmou.
Também participaram do ato o secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Francisco Jardim; o secretário Nacional de Desenvolvimento Urbano do Ministério das Cidades, Gilmar Souza Santos; o deputado federal e ex-secretário da Agricultura, Arnaldo Jardim; além de outras autoridades representativas da organização da FENASUCRO & AGROCANA, do setor sucroenergético e lideranças políticas da região. "O Brasil está a um passo de assumir seu protagonismo mundial do biocombustível", disse o diretor da Feira, Paulo Montabone.
Um pouco antes da solenidade de abertura, João Dória, candidato a governador do estado de São Paulo pelo PSDB, esteve na feira e falou sobre a importância do agronegócio para a sustentação da economia do país. "É impressionante a velocidade de crescimento deste segmento, que somente no ano passado cresceu 13%. Ele dá a força para a economia brasileira e a feira oferece a tecnologia e inovação que o setor precisa", disse.
A pujança do segmento sucroenergético na economia e as projeções otimistas para o setor, com a regulamentação do RenovaBio, deram o tom aos dois painéis conjunturais apresentados na 7ª Conferência DATAGRO & CEISE-Br. Todos os palestrantes que compuseram a mesa de abertura citaram a importância da Política Nacional de Biocombustíveis para dar previsibilidade ao setor e devolver o ânimo após um período de crise e de políticas defasadas.
Pedro Mizutani, presidente de Honra da FENASUCRO, relembrou que o setor já passou por várias crises, mas que tem apresentado força para se recuperar das adversidades, por ter uma cadeia de sustentação forte e representativa. Já o presidente de Honra da AGROCANA, Manoel Ortolan, citou a importância da feira para ajudar a encontrar ferramentas e soluções à cadeia sucroenergética.
O presidente do CEISE-Br, Aparecido Luiz, lembrou que, este ano, a feira acontece em um cenário muito mais otimista, já com o RenovaBio tornando-se realidade. "Este evento ajuda a ampliar a percepção de mercado, principalmente por estarmos em um momento de retomada econômica, agora com um norte definido para o setor que tem uma importância enorme para a matriz energética brasileira", afirmou.
CONFERÊNCIA DATAGRO CEISE-BR
O primeiro painel debateu o "RenovaBio – modelo para expansão de bioenergia no Brasil" e teve como moderador Plínio Nastari, presidente da DATAGRO Consultoria, que destacou a regulamentação e a evolução da participação do etanol no consumo de combustíveis. "O Brasil é o país que mais substitui a gasolina por etanol e esse programa também define um modelo para a expansão de bioenergia no Brasil", disse.
Só nos primeiros cinco meses de 2018, 40,8% foi a participação do etanol no consumo de combustíveis no Brasil. "O RenovaBio é uma política pública que dá musculatura para o setor e esse debate é estratégico", considerou a presidente da UNICA, Elizabeth Farina.
PREVISÕES
Números apresentados nos painéis demonstraram a recuperação do setor sucroenergético, em grande parte influenciada pela regulamentação da nova política nacional de biocombustíveis. Entre janeiro e abril de 2018, mais de 23.350 novos empregos foram criados no eixo Sertãozinho, Pontal, Ribeirão Preto e Piracicaba, segundo levantamento da DATAGRO junto ao Caged. Nos cinco primeiros meses de 2018, a participação do etanol no consumo de combustíveis foi de 40,8%, índice que vem crescendo ano a ano.