Para Mercedes Marques dos Santos
Mercedita, como chamamos carinhosamente a Senhora Mercedes, minha sogra (Egydio) e minha mãe (Renata). Como toda mulher brasileira que significa esse país, trabalha desde os seis anos de idade. Casou-se com Sr. Nelito Neres dos Santos, soube criar os filhos e, mesmo agora, que está aposentada, ainda trabalha muito e tem preocupações com o futuro do Brasil…
Esta semana, enquanto assistíamos ao filme 'A soma de todos os medos' (tema: provável guerra atômica), ela nos telefonou e, com sua ternura de sempre e uma confiança que muito nos honra, perguntou: “vai haver alguma guerra, no Brasil ou no mundo?”. Pergunta de difícil resposta. Por isso, começamos essa tentativa de resposta falando do mundo. Infelizmente, na categoria mundial, há sempre guerras, mulheres sendo abusadas e crianças morrendo de fome (sem falar das questões climáticas), mas o que aterroriza as mães brasileiras é o conflito da Ucrânia que, podemos afirmar, só tende a escalar, pois a hipocrisia humana não tem limites (OTAN, ONU, União Europeia). A China, que está imitando a Inglaterra da II Revolução Industrial, começou seu imperialismo pela África e já demonstra seus interesses comerciais e políticos para o Brasil. A invasão chinesa, ou sino asiática, tem forma e estrutura muito facilmente perceptíveis no Brasil. Primeiro, chegam os comerciantes, depois a compra de terras. Mais adiante, as ferrovias são adquiridas por companhias chinesas e, finalmente, chegam os bancos. Nesse estágio, o país se transforma numa colônia chinesa.
Essa explicação é uma tentativa de compreender como o povo e o Estado brasileiro devem responder o que, ao nosso ver, é um ataque chinês. Mas, por enquanto, como já foi dito, ainda estamos longe desse estágio. O continente africano é que, nesse momento, está sob a mira chinesa. E os especialistas acreditam que Xi Jinping, para perpetuar-se no poder de sua nação continental com mais de 52 etnias (isso é um gigantesco problema), precisa de guerras para mostrar-se capaz de governar a China e unir o seu povo. Assim, Taiwan e Hong Kong devem ser as próximas vítimas do referido imperialismo com suas consequências econômicas para o mundo inteiro.
Voltando à nossa amada Pátria, que evidentemente é um grande player nesse jogo de xadrez, que bem poderia ser chamado de Guerra Fria 2.0, precisa estar unido e preparado para os problemas político-financeiros e as relações internacionais, em que não faltam mentira, espionagem e hipocrisia. Então, nesse momento, temos que continuar o nosso trabalho de “arrumar a casa”, o que significa fazer as famigeradas reformas que o povo brasileiro, para fazer uma ironia, espera pacientemente desde 1532.
Mais próximo do nosso quintal, temos um país rachado pelos lulianos e bolsonaristas. Aqui, infelizmente, prevemos que haverá distúrbios, pois, quando o Lulo-petismo surgiu, tinha que ser radical para chamar atenção. Posteriormente, como se vê e sempre acontece com a maturidade, começa a dirigir-se para o centro, ainda que muitas pessoas o vejam como radical.
Do outro lado, o bolsonarismo, que trouxe de volta a direita para o Brasil, tende para o radicalismo, posto que é necessário para chamar atenção. Daí ser possíveis os tais distúrbios, até que eles achem o seu lugar no cenário político e também se voltem para o centro, visto que o povo brasileiro é conservador e, logo, não gosta de radicalismos. As eleições de outubro exemplificam muito bem nossas conjecturas. No dia 2, votou no conservadorismo do Centrão e, no segundo turno, elegeu uma Frente Parlamentar que vai da esquerda legal (dentro da constituição) aos economistas liberais da Rua Oscar Freire. Dessa maneira, vamos nós “como um bêbado equilibrista no solo do Brasil”.
Com essas poucas palavras, queremos homenagear todas as Mercedes (mães e avós do Brasil que muito se preocupam com o nosso amado país).
Com carinho, Egydio e Renata.
Prof. Egydio Neves Neto
Profª. Renata Neres