PARALISAÇÃO - Greve bancária permanece em algumas agências de Sertãozinho
Lena Aguilar
No décimo dia de greve dos bancários no país, o número de agências fechadas no país subiu para 11.818, além de 44 centros administrativos, segundo balanço divulgado na quinta-feira (15) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). O número representa aumento de 379 agências em relação ao dia anterior de greve. Segundo a Contraf-CUT, não há previsão para a retomada das negociações que possam chegar a um acordo para o fim da greve.
De acordo com o Banco Central, o país tem 22.975 agências instaladas no país. Em Sertãozinho não foi diferente e a categoria também aderiu ao estado de greve em praticamente todas as agências, prejudicando milhares de correntistas que tiveram que rever a data do pagamento das contas ou sacar dinheiro nos caixa eletrônico, onde enfrentaram grandes filas, além do transtorno causado pela greve bancária.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), por sua vez, diz que aguarda nova proposta dos bancários para que possa prosseguir nas negociações que resultem em acordo.
Os bancos não fazem levantamentos sobre o impacto da paralisação das agências, mas destacam que as instituições oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.
De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.
O que pede a categoria
A greve foi iniciada no dia 6. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82. A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.
A proposta apresentada pela Febraban, rejeitada em assembleias, oferece reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).
Foram também propostos os seguintes benefícios: auxílio-refeição de R$ 27,43, auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 454,87, auxílio-creche/babá de R$ 323,84 a R$ 378,56, gratificação de compensador de cheques de R$ 147,11, qualificação profissional de R$ 1.294,49, entre outros.