BETO BELLINI

22/04/2025

A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Todos os anos, assim que acabam as festividades do Carnaval, começa uma corrida contra o tempo para organizar a campanha de Páscoa, uma das maiores festas cristãs do mundo. Além do aspecto religioso, muito importante, a data também é comemorada pelo comércio como uma oportunidade de novos negócios.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em parceria com o Instituto Datafolha, a Páscoa deste ano deve movimentar R$ 5,3 bilhões. Comparando ao ano anterior, a projeção é 26,8% mais alta.

O estudo ainda diz que 7 em cada 10 pessoas (67%) pretendem comprar chocolates ou outros produtos – gastando, em média, R$ 146 reais. Em 2024, o ticket médio foi de R$ 156, ou seja, o gasto foi menor nesse ano.

O ovo de Páscoa é o produto pretendido mais citado (64%) pelos entrevistados, seguido por bombons, caixa de bombons, trufas (36%) e barra de chocolate (34%).

Brinquedos e cesta de Páscoa somaram 2% das intenções de compra cada. Roupas 1% e outras respostas ou não sabem, 2%.

O chocolate registra aumento médio de 18,9%, o maior reajuste em 13 anos. A alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano. Por outro lado, a indústria produziu ovos menores, entendendo que muitos consumidores não farão a compra dos ovos esse ano, substituindo por outros chocolates e brinquedos, solução mais econômica.

Como sempre, o consumidor identificou variações de preço encontradas – a diferença chegou a mais de 35%, como mostrou o levantamento realizado em cinco lojas online e físicas.

A variação de preços entre os estabelecimentos é normal. Ela ocorre por diversos fatores, desde a ausência de um tabelamento até a quantidade estocada pelo supermercadista: uma loja que compra muitos ovos pode vendê-los por preços melhores, por exemplo.

Coube ao cliente decidir o produto a ser comprado, levando em consideração a qualidade dos chocolates, as opções oferecidas e as variações de preço.

Outro setor que cresce muito é o de peixes. Aliás, muitos insistem que comer bacalhau na Páscoa é obrigatório! O sentido religioso pode ser atendido com qualquer peixe ou mesmo com a abstinência de carne. O hábito de comer bacalhau não é brasileiro, apenas foi incorporado em nossa cultura.

O peixe deve ser comprado sempre em um estabelecimento que apresente condições de higiene e limpeza. O consumidor deve dar preferência sempre ao pescado fresco, pois possibilita que a qualidade seja verificada por meio do odor, da textura e da coloração.

Para quem opta pelo tradicional bacalhau, deve-se evitar o consumo excessivo de sal. É necessário dessalgá-lo adequadamente, por meio de fervura, para evitar que o teor de sódio no alimento fique alto e não interfira na saúde do consumidor, uma vez que seu consumo excessivo pode levar ao aumento da pressão arterial.

No mais, Feliz Páscoa!

 

Gilberto César Ortolan Bellini, mestre em Administração, professor do curso de Gestão Empresarial da Fatec/STZ e professor da Unip/RP. Membro da ASEL – Academia Sertanezina de Letras