Praias: Dr. Bactéria alerta sobre os três erros principais de higiene na praia
Férias merecidas e nada melhor que curtir um dia de sol na praia. Mas como resistir a tantos petiscos gostosos desde o camarão até uma inofensiva raspadinha vendidos por lá? Será que têm risco? Entenda como evitar as principais contaminações neste verão.
01- Lata de suco ou refrigerante:
As latinhas de bebidas e Leptospirose. Existe a bactéria Leptospira interrogans, causadora da doença, que pode sobreviver em ótimas condições por seis meses fora de seu hospedeiro, o rato. Quando este roedor urinar sobre as latas , o que pode acontecer tendo em vista as práticas não muito adequadas de estocagem destes produtos, a bactéria fica na superfície. O contato da latinha contaminada com a mucosa bucal, e não é necessário um prévio corte no lábio ou a existência de uma cárie não bem cuidada, permite a penetração da bactéria, ocasionando a Leptospirose. As manifestações iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal-estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia são frequentes, podendo levar à desidratação. “Os cuidados, neste caso, seriam a prévia lavagem das latas com água corrente ou, então, o consumo com canudos (o que não dá para fazer com cervejas). Importante: devemos dar um nó nos canudos e amassar os copos descartáveis, pois ainda existe a prática do reaproveitamento desses materiais por parte de alguns ambulantes não idôneos”, explica o biomédico Roberto Martins Figueiredo, o querido Dr. Bactéria.
2 – Camarão:
O camarão é rico no aminoácido histidina, que, ao ser deteriorado por bactérias, como no caso de refrigeração não adequada ou envelhecimento, pode dar origem à histamina, substância que pode levar a processos semelhantes à alergia com sudorese, aumento do calor e manchas avermelhadas no corpo (sobretudo costas e rosto), podendo levar até a problemas mais sérios, como edema de glote. O tratamento seria a aplicação de antialérgicos. Segundo o Dr. Bactéria, observe o camarão antes de fritar. Qualquer alteração ou dúvida, não coma. A casca do camarão deve sair inteira e facilmente. Se estiver grudada na carne, também não devemos ingerir.
3- Raspadinha:
Trata-se de gelo moído com xarope adocicado imitando frutas, algumas vezes adicionado de leite condensado e castanhas picadas, chocolate granulado, paçoca de amendoim ou mesmo amendoim picado.
Temos que lembrar o seguinte:
Crianças são consideradas grupos de risco, pois apresentam baixa resistência. É obrigatório que o gelo direcionado para consumo humano seja produzido com água potável, como no caso daquele que compramos fechado e que vem na forma de cubo. O gelo vendido em barra geralmente é direcionado somente para refrigeração e, como tal, muitas vezes não é obrigatório que seja produzido com água potável. Bactérias não morrem no congelamento, isto é, se a água utilizada estava contaminada, o gelo também vai estar. De acordo com o biomédico, especialista em saúde pública, observe alguns itens antes de consumir a raspadinha:
-Condições de higiene do carrinho.
-Condições de higiene do manipulador.
-Condições de higiene do gelo (inclusive se ele está apoiado sobre um pano e qual a condição dele).
-Condições dos xaropes. -Perguntar qual a procedência do gelo.
-O leite condensado não pode estar diretamente na lata, tem que estar num recipiente plástico tipo bisnaga, limpo.
-Observar também se não existe contato da mão do manipulador que empurrou o carrinho, pegou dinheiro, pegou vários objetos, por exemplo, com o produto que você está comprando.
“Pode não parecer, mas se você não observar todos estes itens, o risco é muito grande. Aproveite a praia sem correr riscos de intoxicação”, finaliza Dr. Bactéria.
Assessoria de imprensa: Andrea Feliconio