PRECAUÇÃO - Secretaria intensifica as ações para mitigar os riscos de ocorrência da Influenza aviária
A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), intensificará suas ações para mitigar os riscos de ocorrência da Influenza Aviária. A afirmação foi feita pelo Coordenador da CDA, Fernando Gomes Buchala, durante o XV Congresso da Associação Paulista de Avicultura (APA), que aconteceu nos dias 21 e 23, em Ribeirão Preto.
Buchala, juntamente com o médico veterinário Luciano Lagatta, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola, se reuniram com médicos veterinários que trabalham no convênio entre a Secretaria e a APA no sentido de direcioná-los para as atividades de vigilância da influenza aviária e continuar mantendo o território como livre da doença.
A preocupação com a doença causada pelo vírus Influenza que atinge aves silvestres (aquáticas principalmente) e domésticas começou no final de 2016, quando foram registrados episódios ativos na Europa, com registros na França e Itália. Mas o que causou preocupação da Secretaria foram os registros da doença no Chile.
Em função desse episódio foram publicadas notas técnicas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria de Saúde, Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) e pela CDA, colocando o setor em alerta para a influenza aviária.
Buchala disse que a Defesa Agropecuária vai “intensificar as ações relacionadas à avicultura de subsistência, dos sítios de aves migratórias, das aves silvestres e de zoológicos de centros de triagem para ampliar a capacidade de detecção numa possibilidade da introdução do agente no nosso Estado”.
O setor produtivo também está em alerta sanitário, fazendo uma atenção especial em biosseguridade e o setor da genética está trabalhando na proposta de compartimentação, disse o coordenador.
A compartimentação é uma blindagem do sistema. São todas as operações que a empresa realiza tendo uma blindagem sanitária. O compromisso é que durante este semestre o setor faça junto com o serviço público todo um exercício para os protocolos de compartimentação e que até novembro de 2017 cada uma das empresas de genética do Estado apresente o seu projeto para que a Defesa de São Paulo possa submetê-los ao Mapa, passar pelos processos de auditorias e verificações para que em 2018 a genética do estado de São Paulo esteja compartimentada para a questão da influenza aviária. “Isso faz com que, numa possibilidade de ocorrência da IA no território paulista, essas empresas possam continuar mantendo a comercialização dos seus produtos, podendo demonstrar que esses produtos têm riscos mitigado para a IA”, concluiu Buchala
Para Lagatta a reunião foi importante para a “padronização e definição de avaliação de resultados e metas com o objetivo de padronizar não só as atividades voltadas à vigilância epidemiológica da influenza aviária, mas da doença de newcastle, salmonelose e micoplasmose”. (Com informações da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo)