Projeto da primeira biorrefinaria de agave da Shell impulsionará produção de biocombustíveis no sertão

Projeto da primeira biorrefinaria de agave da Shell impulsionará produção de biocombustíveis no sertão
11/09/2023

A Shell, em parceria com a Unicamp e o Senai Cimatec, planeja inaugurar a primeira biorrefinaria de agave do Brasil em 2024. O projeto promete transformar o sertão brasileiro em um polo de produção de biocombustíveis. 

 

O sertão brasileiro está prestes a receber sua primeira biorrefinaria, marcando um avanço significativo na produção de biocombustíveis na região. Com o projeto Brave, liderado pela Shell em parceria com a Unicamp e o Senai Cimatec, o agave, uma planta suculenta de grande potencial energético, se destaca como uma alternativa promissora à cana-de-açúcar e ao milho na produção de etanol e biogás. O agave apresenta uma vantagem crucial: sua capacidade de crescer em solos semiáridos, característicos da Caatinga, onde outras matérias-primas para biocombustíveis não conseguem prosperar. 

Essa qualidade tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico em uma região historicamente carente de recursos. Assim, a Shell, com sua experiência na produção de etanol de cana-de-açúcar, reconhece o potencial do agave como uma nova biomassa para a produção de biocombustíveis. Além de seu valor energético, o agave oferece a perspectiva de criar uma indústria sustentável no sertão brasileiro, gerando empregos e renda para a região. 

É importante destacar que a matéria-prima não cogita substituir a cana-de-açúcar, mas sim complementar a produção de biocombustíveis no país. Enquanto a cana mantém sua relevância em regiões como São Paulo, Mato Grosso e Goiás, o agave abrirá novas oportunidades no sertão, contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado.  

 

Projeto de biorrefinaria de agave será dividido em três fases estratégicas 

O projeto Brave, iniciado em novembro de 2022, está dividido em três fases estratégicas: 

Fase 1: Seleção de Variedades do Agave. Liderada pela Unicamp, esta etapa visa identificar as melhores variedades de agave para a produção de biocombustíveis no Brasil. 

Fase 2: Mecanização da Produção. A cargo do Senai Cimatec, esta fase se concentra no desenvolvimento de maquinaria específica para o plantio e colheita em grande escala, superando os desafios de mecanização na cultura do agave. 

Fase 3: Industrialização da Biomassa. Também conduzida pelo Senai Cimatec, esta etapa visa otimizar os processos de tratamento da planta, os processos industriais, a gestão de resíduos e análises químicas. 

O investimento da Shell no projeto Brave totaliza R$ 100 milhões ao longo de cinco anos. A companhia colocará seus esforços nos próximos anos no desenvolvimento do projeto, visto que o agave resolve a disputa entre a produção de matérias-primas para biocombustíveis e o consumo alimentar, que ocorre em algumas regiões do Sudeste. 

Além de seus benefícios energéticos, o agave pode ser usado para produzir biochar, enriquecendo o solo e absorvendo grandes quantidades de carbono. Com a instalação das biorrefinarias, o sertão não apenas verá um aumento na produção de biocombustíveis, mas também a criação de escolas técnicas e centros de pesquisa na região, impulsionando ainda mais o desenvolvimento da área. 

 

Conheça a Shell 

A Shell é uma das chamadas “supermajors” no setor de energia, o que significa que é uma das maiores e mais influentes empresas de petróleo e gás do mundo. Ela opera em várias áreas da indústria de energia, incluindo exploração, produção, refino, distribuição e comercialização de petróleo, gás natural, produtos químicos e energia renovável. Além disso, a Shell também está envolvida em projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados à energia. 

 

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