Reflexões humanas

13/11/2023

Será que sou um bom ser humano, um bom filho(a), companheiro(a), pai, mãe, amigo(a)? Será que ajo conforme os ensinamentos de Deus para com meu próximo? 

 

São tantos os questionamentos – por vezes carregados de culpa –  que nós, seres humanos, nos fazemos diariamente ou em algumas circunstâncias da vida, que a cabeça chega a doer, os neurônios latejam; os olhos lacrimejam; o coração fica apertado; a garganta amarrada; e a alma embebecida de não sei do que, mas de algo que faz o corpo ficar pesado, mole; as ações lentas e o olhar desanimado.  

 

Somos seres humanos, passíveis de erros – e às vezes acertos –, mas, ainda assim, a cobrança (nem sempre explícita) para que sejamos sempre mais e melhor em tudo o que nos propusemos (ou não) a fazer, nos consome de tal forma que em alguns momentos, acabamos por perder nossa identidade, nossa amabilidade, resiliência; e aí surgem as reflexões acompanhadas de sentimentos que nos fazem mal por dentro e por fora.  

 

Com essa mistura de sentimentos, de quando em vez, a amargura se sobressai e invade o meu (ou o seu) coração, tornando-o simultaneamente duro e mole, comandando minha (ou a sua) mente e por consequência minhas (suas) ações, que às vezes são desprovidas de demonstrações notórias de carinho e amor para com aqueles que são a minha (sua) razão de viver e dividem comigo (ou com você) essa vida, que é um presente de Deus.  

 

O que seria isso? Será que essas sensações ruins têm nome? São contagiosas? Espero que não sejam! 

 

Espero que as doenças contagiosas sejam exterminadas! Já estamos fartos de enfermidades que causaram e ainda causam tanto sofrimento aos seres humanos, além da partida física de milhares de pessoas queridas, que eram pais, filhos, avós, irmãos, esposos, namorados, amigos; enfim, eram e são importantes para alguém. 

  

Mesmo não sendo das áreas da saúde e da ciência, sei que é um sonho bem difícil extirpar os vírus existentes no mundo, mas arrisco dizer não ser impossível, já que há muitas pessoas abençoadas, inteligentes e que têm o dom para, através de pesquisas e muitos estudos, descobrir/fazer fórmulas para minimizar o impacto das doenças oriundas desses inimigos ocultos, até elimina-los por completo, quem sabe.  

 

O que eu gostaria, além da exterminação dos vírus? Que houvesse um contágio de sentimentos bons e de ações para o bem geral. Que tudo que é bom, que cause alegria, borboletas no estômago, um coração alegre e uma alma leve se espalhasse de tal forma que virasse uma pandemia... uma pandemia de coisas boas, que tornasse o ser humano melhor a cada dia, ensolarado, nublado ou chuvoso... na primavera, no verão, no outono ou no inverno. 

 

Uma pandemia que, como um rolo compressor, passasse por cima de qualquer cisco de tristeza, desânimo, esmagando-os por completo, fazendo florescer, mesmo em meio às matas, ao lamaçal ou à secura (dentro de cada um de nós), raízes de ânimo, coragem, força e fé, para serem fortalecidas e criarem cada vez mais ramos, para espalhar sentimentos bons e que se alastrem com uma velocidade bem maior do que aqueles ruins, que são comuns na vida humana, mas que precisamos lutar constantemente, para vencê-los.  

 

Desejo pra mim e para você, que, por vezes se pega triste e desanimado, uma enxurrada de coragem, para ser mais forte, resiliente e lutar contra esses inimigos ocultos, que teimam em invadir o nosso ser, a nossa vida. E, para isso, fé em Deus, coragem e força! E, se precisar também, ajuda profissional! 

 

Que façamos, diariamente, uma luta contra tudo o que é ruim, que nos faz mal, para renascermos e vivermos de forma mais leve e feliz.  

 

Por: Tatiane Cristina Pereira Guidoni Gimenez