SAÚDE - Repelentes contra a dengue exigem cuidados
Mau uso do produto pode causar conjuntivites, alergia e até úlcera. O uso de repelentes cresceu mais de 100% em algumas regiões do país, reflexo do temor da contaminação pelo Zika Vírus, Chikungunya e Dengue, transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. O uso destes produtos é uma das maneiras mais eficazes de evitar a picada do inseto, mas a aplicação na pele deve ser feita com cuidado. Em contato com os olhos, podem causar alergias, conjuntivite tóxica e até lesões na córnea.
O primeiro passo é seguir as recomendações do fabricante, que em sua totalidade pedem para evitar o contato com os olhos. No entanto, esse cuidado deve se estender ao período que o produto estiver na pele. “Infelizmente, as pessoas têm o hábito de levar a mão aos olhos com frequência. Em qualquer situação é um risco, uma vez que as mãos estão mais suscetíveis a bactérias. No entanto, em contato com um produto químico forte, como é o caso do repelente de insetos, esta atenção deve ser redobrada”, afirma o médico especialista em olhos, Eduardo Parente Barbosa.
Ele passa dicas na hora da aplicação.
“As mãos devem ser lavadas imediatamente após passa o repelente. No caso de sprays, proteger os olhos quando for aplicar; Evitar aplicar na região dos olhos. No caso de transpiração excessiva, retire o produto do rosto, pois pode escorrer; Lembre-se de sempre ficar alerta e não colocar as mãos nos olhos”, explica.
Caso haja algum descuido, lavar imediatamente os olhos com água mineral ou filtrada. Se houver vermelhidão excessiva, dor, desconforto ou inchaço, deve-se procurar um pronto-socorro oftalmológico ou oftalmologista. “Não é recomendado usar repelente em crianças muito novas ou bebês. No entanto, caso haja esta recomendação, a atenção deve ser redobrada”, completa Eduardo Barbosa.