Sem Resposta
Quando discutimos “economia” em casa, logo pensamos em banho rápido, usar a máquina de lavar com o máximo de roupas, fazer pesquisa em mercados e, até mesmo (como já ouvimos várias vezes), comprar roupas que não precisem passar. Pensamos também no combustível (muito!!!!), no gás, enfim, em tudo que poderíamos fazer para economizar. Agora, quando assistimos ou lemos em jornais sobre a “economia” de uma cidade, estado, país, muitas vezes nem prestamos atenção, seja porque não fomos acostumados a falar sobre o assunto ou já carregamos um estigma de que não entenderemos nada! É aí que pecamos! Precisamos entender que, além de não ser um “bicho de sete cabeças”, é um dos fatores que regem a nossa vida. Vamos exemplificar: num banco, a princípio os caixas não tinham separação entre eles. Isso começou a afetar o rendimento do banco, porque os caixas ficavam livres para um “bate-papo” rápido. Mas isso atrasava o atendimento ao cliente. Some um dia, uma semana, um mês, um ano! Esse bate-papo tiraria muito tempo de atendimento. Como consequência, teríamos um prejuízo considerável para o banco. Ok, então coloquemos uma divisória alta entre os caixas, impossibilitando o “bate-papo”.
Isso seria positivo no sentido de atender ao cliente, mas negativo para tirar uma dúvida com o colega, pegar um grampeador, por exemplo, etc… Daí, após muitos e muitos estudos (creiam-me, só é óbvio para a gente depois de muitos estudos e experimentos), chegou-se à conclusão de que a divisória deveria ser não tão pequena que permitisse o “bate-papo”, nem tão grande que atrapalhasse a comunicação necessária. Outro exemplo: vamos supor que, em uma indústria de embalagem, tivesse uma tesoura para cada quatro funcionários… Cada um em sua mesa, trabalhando em pé. Se a coloco no canto, dificulto o trabalho e facilito a conversa. Se a coloco no centro, perto da sala do gerente, ganho mais de um bilhão por ano. Como sabemos, a economia de uma empresa, casa ou país é igual. Temos que ter as contas em dia, uma poupança e atender a maior parte dos interesses da família, dos acionistas ou da população. É nesse sentido que as coisas se complicam no Brasil de hoje, pois, sem querermos fazer crítica, apenas constando a situação, percebemos o quanto é difícil acertar as contas da nação para que esse próspero país volte à sua relevante importância no cenário mundial.
Dessa maneira, vejamos: de um lado, temos a situação (não importando quem seja o presidente) e de outro os economistas com interesses econômicos (também não estamos criticando) diversos. Enquanto o governo aumenta os gastos públicos para ganhar as eleições, o que é chamado pela grande imprensa de “pacotes de bondades”, os agentes econômicos pedem o aumento da taxa de juros, o que, na prática, elimina os ilusórios ganhos da população. Portanto, o que precisamos é de um plano econômico que faça o país crescer, dê empregos e não traga de volta a alta da inflação. Por isso, faz-se necessário dizer que tal coisa é muito difícil, por ora, de acontecer, pois não vemos em nenhum candidato ou candidata uma discussão séria sobre os rumos dessa Pátria para os próximos 30 anos. Assim, continuamos patinando entre alianças espúrias para ganhar a eleição ou propostas antigas que já foram testadas e deram péssimos resultados.
Prof. Egydio Neves Neto
Prof. Renata Neres