TECNOLOGIA E GAMES - ‘Pokémon mania’ invade Sertãozinho

15/08/2016

Da Redação

 

É um vício? Um modismo? É passageiro ou veio para ficar?

Independente da forma que você interprete o aplicativo Pokémon GO, que foi lançado no Brasil na quarta-feira, 3, e já se tornou mania nacional – levando até mesmo à morte em casos extremos e o aumento significativo do número de roubo de celulares.

Em Sertãozinho não foi diferente. Eles chegaram com tudo e tornaram-se o entretenimento de muitas pessoas entre crianças e adultos. Os pontos mais frequentados a partir das 9 horas  está sendo a Prefeitura Municipal de Sertãozinho e a Praça 21 de Abril.

Enquanto isso, a mídia propaga os casos mais inusitados sobre o comportamento das pessoas quanto à caça e suas consequências do aplicativo.

Recentemente, tivemos o caso da morte de uma criança de 9 anos  que morreu afogada ao avistar um Pokémon GO no Rio Tramandaí, na cidade de Imbé, no litoral norte do Rio Grande do Sul.

Tivemos também o caso de um grupo de jovens que ficou trancado no Cemitério no centro de Divinópolis, em Minas Gerais, capturando Pokémons.

A Polícia Militar do Pará até criou uma cartilha do “bom jogador de Pokémon GO”, a fim de gerar mais segurança para os jogadores em razão do alto número de ocorrências.

 

Orientações aos pais sobre o aplicativo

Pais de crianças que estejam engajadas na caçada a Pokémons devem ter atenção ao tempo que as crianças passam jogando. A recomendação é de pediatras e psicólogos.  A psicóloga Valéria Zucco orienta que duas horas por dia é o tempo máximo que os pequenos devem gastar com dispositivos eletrônicos e ainda têm que trabalhar essas horas de forma fracionadas.

"Pokémon Go" é um game gratuito de realidade aumentada para smartphones que usa o sistema de GPS dos aparelhos para fazer com os jogadores se desloquem fisicamente para conseguir capturar os monstrinhos.

Ainda segundo a psicóloga, uma das vantagens do "Pokémon Go" é o fato de o jogo estimular a atividade física, já que os jogadores têm de andar em busca dos Pokémons. Ainda assim, é necessário ter disciplina para não deixar o jogo interferir em outras atividades importantes para as crianças.

Valeria ressalta a importância da supervisão dos pais, que  devem estar sempre presentes para verificar o conteúdo dos aplicativos e outros jogos eletrônicos que os seus filhos se interessam em praticar.  

 

Pokémon Maníacos: a caminhada até a Praça e a Prefeitura por um Pokémon

 

Na segunda-feira, 8, pela manhã, já se via a movimentação dos caçadores de Pokémon entre a Praça 21 de Abril e a Prefeitura Municipal de Sertãozinho - o grupo era formado basicamente por jovens e crianças.

O estagiário de Educação Física, Vitor Domingos, 22, disse que estava caçando Pokémon desde o dia 3 quando foi lançado o aplicativo.

“Até agora, no período da manhã, já capturei 60, e minha meta até a hora em que eu for trabalhar é 150 Pokémons. Este jogo é uma realidade aumentada e chega a ser viciante, porém muito divertido, porque possui objetivos para quem pretende ser o melhor”, explica.

Vitor Domingos ressaltou que há perigos e o caçador tem que ficar bem atento por causa de roubos, por isso é bom andar em grupo de amigos.

“Quando estou jogando é uma emoção inexplicável, ainda mais para quem conhece o desenho do Pokémon. Parece que volto à infância, por isso que os adultos curtem junto das crianças. Percebo que isto ajuda muita gente a sair do sedentarismo”.

Para o jovem Daniel Correa, 22, também estagiário de Educação Física e que faz parte do grupo de Vitor, argumentou que está gostando demais pelo fato de não ficar à toa tanto tempo em casa.

“Os relacionamentos das pessoas melhoram e, com este aplicativo, já conheci mais de 20 pessoas em apenas um dia - aumentei meu rol de amigos. É um aplicativo que faz as pessoas interagirem uma com as outras”.

No caso do operador de máquinas Vitor Afonso, 23 brincou que agora está ‘operando’ Pokémon.

“Como trabalho de tarde e de noite, no período da manhã fico ocioso e estou frequentando os pontos de abastecimento para caçar Pokémon. É pura diversão. Caçar ou não vai do jeito de cada um. E quem não curte e acha o aplicativo ridículo, deve pelo menos respeitar quem gosta”, finaliza o jovem.