TOC - Psiquiatra esclarece dúvidas sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo
Maristella Coutinho
Lavar as mãos diversas vezes em um espaço temporal muito curto, ou passar 24 horas por dia pensando na limpeza da casa, podem não ser somente preocupações com a higiene. O Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido como TOC, é um distúrbio caracterizado por pensamentos que impulsionam ações repetitivas, com o objetivo de tentar anular ou neutralizar determinadas obsessões.
A doença, que atualmente atinge cerca de quatro milhões e meio de pessoas só no Brasil, faz com que o portador sinta medo, desconforto, ansiedade e mal-estar, a maior parte do dia.
Porém, de acordo com o psiquiatra Dr. Marcelo Zanatta, este é um distúrbio que pode ser tratado, facilitando, assim, o convívio diário com outras pessoas e evitando o gasto de tempo com pensamentos aleatórios. “Em um primeiro momento, a pessoa não percebe que isso é uma doença. Os primeiros sintomas são, geralmente, detectados por pessoas próximas, ou seja, familiares e amigos. A partir daí, é importante que as mesmas pessoas que a detectaram, incentivem o portador a buscar um tratamento médico.”
Ainda, de acordo com o psiquiatra, “ter mania de alguma coisa não indica que a pessoa sofra com a doença. O que a caracteriza, de fato, são obsessões ou compulsões recorrentes, que consomem todo o tempo de alguém, causando muito sofrimento”.
Tratamento
Para pessoas que sofrem com o TOC existem tratamentos eficazes, capazes de inibir as ações do comportamento que causam o problema no indivíduo.
“O tratamento para o Transtorno Obsessivo Compulsivo pode ser feito tanto por um psicólogo quanto por um psiquiatra. Porém, a melhor indicação para esses casos acaba sendo o psiquiatra, visto que, na grande maioria das vezes, o paciente precisa ser medicado, para ajudar a tratar o problema”, finalizou.